Levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia (Sedes) concluiu que em 2012, do total de famílias cadastradas no estado, 1,14 milhão realizam acompanhamentos de saúde nas redes municipais, conforme matéria publicada no jornal A Tarde.
O número representa uma cobertura de aproximadamente 74% do total de famílias que atualmente estão enquadradas no perfil do programa. Em Salvador, de um total de 186 mil famílias cadastradas no programa, 70 mil passam por avaliações médicas, o que equivale a 48,64%.
Para a coordenadora do Programa Bolsa Família na Bahia, Luciana Santos, a previsão da secretaria é que esse número cresça nos anos seguintes. "O mapa da saúde da criança é uma condição para que o benefício seja liberado. No entanto, com o passar do tempo, as famílias deixam de ver aquilo como obrigação e tomam consciência da importância das consultas médicas, dos exames e da vacinação".
De acordo com a coordenadora do programa, o contato direto com os postos de saúde municipais oferece à família não apenas o acompanhamento médico exigido pelo Bolsa Família, mas também informações sobre alimentação e demais cuidados voltados para a criança.
Desempregada, Janete dos Santos Soares, 53, encontrou na obrigatoriedade da avaliação médica para o recebimento do benefício uma forma de oferecer melhor qualidade de vida para o filho Henrique, 20, portador de distúrbio mental.
"Moro de aluguel e estou desempregada desde 2002. Eu não teria condição de oferecer a meu filho um tratamento de saúde e ao mesmo tempo ter dinheiro para comprar nossa alimentação".
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