A suspeita de negócios ilegais nasceu a partir da assinatura e operacionalização de um contrato de empréstimo no valor de R$ 22 milhões, concedido pelo Itaú ao MP do Rio. O financiamento foi feito a título de renovar o sistema de segurança da sede do MP fluminense, no centro da capital. Já se sabe, porém, que apenas 30% desse dinheiro foram efetivamente gastos pelos tomadores na compra de equipamentos de segurança, como câmeras, monitores de tevê, centrais de monitoramento e alarmes. O grosso do dinheiro, 70%, ou R$ 15,4 bilhões, foram gastos no pagamento a empresas de consultoria. A prestações pelo dinheiro tomado junto ao Itaú são, é claro, pagas com recursos públicos.
Com o contrato de empréstimo em vigência, o Itaú Unibanco ganhou, sem precisar participar de qualquer tipo de licitação, a renovação automática de seu contrato de administração da folha de pagamento do órgão fluminense. A coincidência entre a cessão do empréstimo e a conquista da renovação da folha despertou suspeitas no órgão fiscalizador do Ministério Público. O que pode ter ocorrido foi uma verdadeira conexão criminosa. As investigações nesta direção estão avançando.
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