Com investimento de R$ 1,5 milhão do Programa de Revitalização das Bacias dos Rios São Francisco e Parnaíba, o convênio prevê a reforma e ampliação das instalações e a implantação de um viveiro florestal na Floresta Nacional de Palmares, unidade de conservação federal administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Altos (PI). O convênio contempla ainda construção de cerca no perímetro da Flona, melhoramento de estradas, construção de centro de uso múltiplo, entre outras ações.
O resultado esperado é a recuperação de áreas de matas ciliares com a oferta de mudas de diversas espécies nativas, que atenuarão os efeitos negativos do desmatamento e degradação do solo, reduzindo a ocorrência de processos erosivos que contribuem para o assoreamento do rio Parnaíba e seus afluentes.
Segundo o presidente da Piauiflora, Deocleciano Guedes, a produção de mudas deve começar em maio. “A grande dificuldade é ter as mudas de espécies nativas para fazer a recuperação. Com o viveiro, nós vamos ter como reflorestar essas áreas. Além disso, o viveiro florestal também terá a finalidade de ser um centro de treinamento para outros viveiristas aprenderem o trabalho de reflorestamento”, disse.
“O estabelecimento de mudas nativas em plantios de recuperação de áreas degradadas, principalmente na Caatinga, é um grande desafio. Assim, ao implantar viveiros florestais a Codevasf está colaborando com o desenvolvimento de tecnologias de recuperação ambiental para a região”, afirma o engenheiro florestal Camilo Cavalcante de Souza, da Unidade de Conservação de Água, Solo e Recursos Florestais da Codevasf.
O engenheiro florestal explica que, aliada a essa iniciativa, a Codevasf tem apoiado a implantação de Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas (CR-ad’s), em parceria com Universidades Federais, visando desenvolver metodologias específicas e adaptadas para a região. Como exemplo, ele cita a implantação dos CR-ad’s em Arapiraca (AL), Serra Talhada (PE) e em Petrolina (PE), em parcerias com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), respectivamente.
Inicialmente, a produção será de mudas de espécies nativas para recuperação de áreas degradadas. Em um segundo momento, serão produzidas mudas destinadas à arborização urbana e implantação de florestas visando a produção de energia.
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