Com a estiagem e a baixa umidade, o consumo de água aumenta consideravelmente. A comunidade da Lagoa do Boi, que sofria com a falta desse bem precioso, hoje conta com uma adutora em fase experimental. O problema enfrentado agora é com o gerenciamento da distribuição. O desvio da água para cuidar da plantação e dos animais, o armazenamento indevido em cisternas pelos moradores, a falta de hidrômetros e de um monitoramento adequado dos horários de bombeamento foram apontados como os principais causadores de transtornos à população.
Um consenso entre os presentes na reunião é a necessidade da conscientização dos moradores de que a água ofertada através da adutora é para o consumo humano exclusivamente. “Só tendo uma conscientização da comunidade é que a gente vai poder fazer alguma coisa, porque está difícil, a comunidade reclama, reclama, mas a própria vem sendo a causadora do problema.”, confirmou a presidente da Associação da Comunidade da Lagoa do Boi, Riuza Maria Ferreira.
Respostas do SAAE
O gerente de divisão do interior, Inaldo Nascimento, explicou que o armazenamento de água em cisternas não é necessário porque o bombeamento será realizado todos os dias. Ele afirma que esta prática dificulta, inclusive, o abastecimento nas casas mais distantes. A hidrometria possibilitará que as pessoas racionalizem o uso e a pressão e o nível do sistema da adutora seja mantido, tendo uma maior distribuição ao longo de toda a rede.
Sobre os hidrômetros, Inaldo afirmou que o projeto da adutora elaborado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) não foi contemplado com hidrômetros e que o SAAE ainda não dispõe da documentação que possibilite realizar a instalação. O diretor Joaquim Neto informou que “a colocação de registros será feita de forma que a gente consiga trabalhar com manobras nos ramais, evitando que algumas residências tenham água em abundância e outras com déficit”, disse.
Contribuição e compromisso
Para resolver o monitoramento dos horários e as demais questões, o vereador Tiano propôs a criação de um comitê gestor formado por representantes das comunidades atendidas pela adutora e do SAAE para facilitar a identificação dos locais de desvio da água.
O diretor do SAAE sinalizou compromisso com as demandas apontadas. “O órgão se sente muito mais comprometido em achar as soluções para melhor atender essa população. Nessa reunião nós ouvimos a sugestão da comunidade e vamos promover as ações necessárias para essa melhoria.
ASCOM TIANO FELIX
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