quarta-feira, 6 de março de 2013

Perseguição política é destacada por José Dirceu em palestra em Maceió

Ao destacar que suas andanças pelo país façam parte de uma estratégica política do Partido dos Trabalhadores (PT), em uma antecipação ao processo eleitoral previsto para 2014, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, disse, na noite desta quarta-feira (6), que o judiciário brasileiro tenta criminalizar o PT.

Dirceu esteve em Maceió para palestrar sobre os 33 anos do PT e os 10 anos do partido à frente da presidência da república.

De acordo com o ex-ministro, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos e 10 meses de prisão acusado de ser o chefe do “Mensalão”, esquema de compra de votos de parlamentares, o PT não é um partido de corruptos como, segundo ele, desenha o judiciário brasileiro.

“Este processo foi um ato de perseguição que ocorreu paralelo ao período eleitoral de 2010, como se fosse boca de urna em favor dos partidos de oposição. Não há provas e muito menos sentido para criminalizar o PT como um partido de corruptos. E isso foi entendido pelo povo que renovou a confiança neste projeto político, que começou com o Lula e segue com a Dilma”, expôs.

Quanto ao cenário político que se desenha diante da disputa presidencial de 2014, mesmo ao enfatizar que o momento não é de pensar em eleição, Dirceu afirmou que o PT possui candidatos formados para o próximo pleito e que o palanque está sendo organizado para assegurar o projeto político que colocou o Brasil no desenvolvimento.

“Se tivermos que comparar os 10 anos de governo do PT com os 8 anos do PSDB, faremos sem nenhum problema. Até porque temos um trabalho muito além do que foi feito pelo PSDB. Alem disso, é notável que o PSDB não possui programa de governo definido e muito menos alternativa”, completou.

Judicialização Política
Durante a visita do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, a Maceió, os discursos dos anfitriões alagoanos foram permeados pela solidariedade ao homem que ajudou a construir a história do PT e de ataques ao Judiciário e ao Ministério Público, com ressalvas dirigidas à mídia, que foi apontada como ferramenta de manobra que precisa de intervenção urgente de controle.

“Somos solidários ao José Dirceu porque entendemos que ocorre no país uma judicialização da política. Manobra que tem o objetivo de acuar os representantes do Partido dos Trabalhadores em um golpe judicial que vem criminalizando a política. Estamos vivendo a Ditadura da Toga em pleno estado de direito”, disse o presidente do PDT em Alagoas, Ronaldo Lessa, ao evidenciar que também é vítima da prática.

Outros representantes que estiveram na solenidade, que pouco atraiu a atenção da base do PT até o Auditório do Sindicato dos Urbanitários, na capital alagoana, seguiram a mesma linha do discurso com foco na hipótese da perseguição do judiciário.

De Maceió (AL), José Dirceu segue a série de palestras em comemoração aos 33 anos do PT por outras cidades brasileiras. Na quinta-feira (7), ele palestra em Aracaju e na sexta-feira (8), em Vitória, no Espírito Santo.


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