Inicialmente, a viagem por Pernambuco programada para esta semana envolvia passagens por Recife, São Lourenço da Mata e Salgueiro, de onde a presidente tomaria um helicóptero para Serra Talhada -- Dilma participaria de eventos em todos esses lugares. O que mudou de lá para cá? A relação entre o governo federal e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à Presidência em 2014.
Desde que a agenda inicial foi estabelecida, um encontro entre Campos e o ex-governador José Serra vazou, levando o pernambucano a elogiar o tucano. Além disso, Campos subiu seu tom crítico ao governo Dilma -- levando, inclusive, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a classificar Campos como um "dissidente" do governo.
O resultado da mudança no tabuleiro eleitoral é que Dilma nem seguer deve almoçar com Campos, como estava planejado. Não por acaso também, Dilma aproveitará a passagem por Pernambuco para anunciar um pacote de medidas para ajudar as vítimas da seca, que assola toda a região Nordeste. A ação, além do caráter emergencial diante dos problemas causados pela longa estiagem, tem sido interpretada como tentativa de neutralizar as investidas de Campos, presidenciável do PSB, na região.
Nenhum comentário:
Postar um comentário