domingo, 24 de março de 2013

EM SERRA TALHADA, DILMA ENCONTRA EDUARDO

Nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff inaugura o Sistema Adutor Pajeú, em Serra Talhada (PE). Na sequência, parte para o Rio de Janeiro, onde sobrevoa a Petrópolis atingida pelas chuvas e atende a missa em memória das vítimas dos deslizamentos deste ano. Até a semana passada, contudo, a passagem de Dilma por Pernambuco não se resumia a apenas um evento.

Inicialmente, a viagem por Pernambuco programada para esta semana envolvia passagens por Recife, São Lourenço da Mata e Salgueiro, de onde a presidente tomaria um helicóptero para Serra Talhada -- Dilma participaria de eventos em todos esses lugares. O que mudou de lá para cá? A relação entre o governo federal e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), potencial candidato à Presidência em 2014.

Desde que a agenda inicial foi estabelecida, um encontro entre Campos e o ex-governador José Serra vazou, levando o pernambucano a elogiar o tucano. Além disso, Campos subiu seu tom crítico ao governo Dilma -- levando, inclusive, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) a classificar Campos como um "dissidente" do governo.

O resultado da mudança no tabuleiro eleitoral é que Dilma nem seguer deve almoçar com Campos, como estava planejado. Não por acaso também, Dilma aproveitará a passagem por Pernambuco para anunciar um pacote de medidas para ajudar as vítimas da seca, que assola toda a região Nordeste. A ação, além do caráter emergencial diante dos problemas causados pela longa estiagem, tem sido interpretada como tentativa de neutralizar as investidas de Campos, presidenciável do PSB, na região.


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