Na base aliada, os casos mais emblemáticos são os do PDT e do PTB. Campos já convidou o também pernambucano Cristovam Buarque (PDT/DF), que é senador pelo Distrito Federal, a ser seu vice em 2014, num momento em que o PDT se mostra descontente com seu espaço no governo Dilma – Brizola Neto, ministro do Trabalho, não é visto pelo comando do partido como um legítimo represente das aspirações da legenda. Nessa articulação, Campos poderia lançar tanto o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ao governo do Distrito Federal, como o deputado José Antônio Reguffe (PDT-DF), que tem se destacado com um discurso de corte moralista.
Outro partido que se movimenta na direção de Eduardo Campos é o PTB, onde o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) já foi convidado para ter seu apoio na disputa ao governo pernambucano em 2014. E quem conhece Armando Monteiro sabe que este é seu grande sonho. Além dele, outro político pernambucano, o senador Jarbas Vasconcellos (PMDB/PE), também se movimenta na órbita de Eduardo. "Quero atrair o PMDB para a sua candidatura", diz Jarbas, sem rodeios.
Eduardo Campos, no entanto, não faz estragos apenas na base aliada. O presidente do PPS, Roberto Freire, sinaliza maior disposição de apoiá-lo do que de fechar um acordo com o senador Aécio Neves (PSDB/MG). Agripino Maia (DEM/RN), líder dos democratas, também demonstra simpatia em relação ao governador pernambucano. Gilberto Kassab, "dono" do PSD, já avisou que pode apoiar o governo Dilma agora, mas estará, em 2014, onde Eduardo Campos estiver. E até mesmo o presidente nacional do PSDB, Sergio Guerra, tem-se mostrado impressionado com as movimentações de Campos. Segundo Guerra, o pernambucano tem demonstrado maior disposição do que Aécio.
Politicamente, o governador pernambucano tem sido o grande ator dos últimos meses. E a simpatia que ele desperta nos meios políticos pode tornar sua candidatura irreversível.
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