O atual ambiente de racha no PSDB indica que haverá prévias para decidir – ou apenas confirmar – que o candidato será realmente Aécio Neves. Para importantes lideranças do partido, como o atual líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ainda é cedo para se lançar o candidato e há outros nomes, além de Aécio, a serem considerados. Aécio se defende não assumindo ele próprio a candidatura e, desta forma, não arrumando atrito direto com os paulistas.
O divisor de águas desse cenário deve ser maio, quando ocorrerá a convenção nacional da sigla e será escolhido o novo presidente da legenda – aqui, mais uma vez a probabilidade é que seja Aécio Neves. A estratégia da ala insatisfeita é que Serra não aceite o que lhe for proposto para que se comece a tomar forma uma aliança entre o ex-governador de São Paulo e Eduardo Campos. A hipótese pode se tornar uma vantagem para o PSB, que ganharia aliados tucanos caso o governador de Pernambuco realmente decida se candidatar.
Território inimigo?
Aécio Neves se encontrará com políticos do PSDB paulista no dia 25 desse mês, num evento planejado pelo diretório do partido no Estado e que pode ser decisivo para a candidatura do mineiro. Para os paulistas que ainda têm a candidatura do senador atravessada na garganta, é essencial que ele tenha apoio da cúpula de São Paulo para se eleger.
O objetivo do praticamente pré-candidato é mostrar que o PSDB está ao seu lado no projeto de 2014 e enfrentar as resistências no Estado. Ele tem, por exemplo, o aval do presidente nacional do partido, Sérgio Guerra, e foi lançado pela primeira vez pelo ex-presidente e cacique tucano Fernando Henrique Cardoso. É provável que Serra nem dê as caras por lá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário