Os pedetistas dão sinais claros de que a disputa pelo Palácio de Ondina em 2014 já deixou de ser apenas um anseio unitário, mas passou a ser um alvo a ser perseguido pelo partido. Pelo menos foi esse o recado dado pelo presidente nacional do partido, o ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que esteve em Salvador e tratou de começar a operar a questão junto àquele que será o condutor do processo: o governador Jaques Wagner.
Ele selou oficialmente o desejo da sigla de ter candidatura própria e lançou o nome do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), que há tempos deixa evidente a sua busca pelo protagonismo da chapa governista daqui a dois anos.
Foi descartada a mudança na presidência do diretório estadual, cogitado como um dos possíveis assuntos que tem intrigado as lideranças pedetistas no Estado.
O ex-ministro do governo Dilma afirmou que esse seria o caminho do partido em solo baiano. “Reafirmamos o compromisso de candidatura própria e lançamos o nome do deputado Marcelo Nilo”, ressaltou Lupi.
Ele almoçou com o presidente do Legislativo estadual e os demais deputados estaduais e federais do PDT no salão nobre da presidência da Casa. Antes disso, teve o encontro com o governador.
“Ele (Wagner) disse que era legítimo o desejo do partido, que respeitava, mas que precisava ouvir os outros partidos de sua base”, contou o dirigente nacional. Segundo Lupi, outras questões não entraram na pauta. Questionado, o ex-ministro negou que houvesse fissuras entre a bancada federal do PDT e a articulação política da presidente Dilma Rousseff (PT).
Ao demonstrar que é grande o interesse partidário de alçar voos maiores, o presidente nacional disse que conversou com os integrantes sobre a necessidade de reestruturação no partido. Nesse quesito, ele disse estar satisfeito com o comando de Alexandre Brust, na esfera estadual. “Eu apoio Brust. Em Salvador colocamos o Marcos Medrado (deputado federal) para preparar o partido. Vamos preparar o partido para as eleições de 2014”, afirmou, destacando que o maior desafio era interiorizar a sigla.
“A Bahia é um país”, frisou. A meta será a de eleger entre quatro a cinco federais e seis a oito estaduais.
Anfitrião do encontro que mobilizou a bancada estadual e federal, Marcelo Nilo disse que o encontro serviu para que o partido lançasse o seu nome oficialmente ao governo. “Foi muito bom. Falamos de política estadual e federal e o partido deferiu minha candidatura”, resumiu.
Perguntado se a motivação do encontro com Wagner se resumiria a essa movimentação, ele desconversou ao dizer que seria sobre “política”. Segundo Nilo, o ex-ministro tem o hábito de visitar a Bahia a cada três meses.
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