quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Lídice da Mata admite o desejo de ser candidata ao governo da Bahia em 2014

Duas semanas após ter confessado à Tribuna que o PSB permanece com o anseio de disputar o governo baiano, a senadora Lídice da Mata, que preside o partido no Estado, admitiu pela primeira vez ontem que chegar ao Palácio de Ondina era também um “desejo” seu.

Com uma longa trajetória na política, a ex-prefeita de Salvador não fugiu do assunto que tem movimentado os bastidores faltando mais de um ano e meio para as eleições estaduais. Em entrevista a rádio Tudo FM, ontem, ela disse: “Desta vez, não vou respondernão, vou responder talvez. Se for pelo meu desejo, serei candidata. Se for pelo desejo do meu partido, serei candidata. Mas a construção de uma candidatura exige que muito mais gente deseje isso também”.

Questionada recentemente, ela já havia dito que “o PSB, como qualquer outro, tem o desejo de ter candidatura própria ao governo. Isso é natural e o governador sabe disso”.

A sua candidatura é defendida inclusive pelos deputados estaduais do PSB, que na Assembleia frisam a importância de um “projeto próprio”, como Capitão Tadeu e Sargento Isidório. No entanto, segundo Lídice, é importante que a movimentação se dê em acordo entre as lideranças políticas que compõem o governo.

O objetivo, segundo ela, é dar continuidade, mas aprofundar o projeto iniciado pelo governador Jaques Wagner (PT), que deve ser o condutor do processo de construção da chapa governista, conforme deixam claro não apenas a própria senadora, assim como os outros interessados.

Nos bastidores, diz-se que haverá pressão por uma candidatura própria caso o presidente nacional do PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se candidate à Presidência da República em 2014.

A senadora afirmou que esse movimento do dirigente ainda não foi definido, mas destacou a relevância de que outros nomes que compõem a esquerda no país possam entrar no processo, numa suposta crítica de que apenas o PT e o PSDB deflagraram as decisões eleitorais nas últimas décadas.

“Já saímos da ditadura, não podemos ter apenas duas forças políticas se revezando no poder. Precisamos, dentro do projeto iniciado por Lula e que Dilma deu continuidade, de outras lideranças. Um projeto coletivo não pode existir com a possibilidade de governo de apenas um partido”, frisou.


Tribuna

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