O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, participou, nesta semana, em Brasília, de uma série de reuniões. Uma delas, no Ministério da Integração (MI), teve o objetivo de buscar recursos que, por questões burocráticas, não foram executados em outros estados, no orçamento deste ano, mas que poderiam ser relocados para projetos executivos de irrigação, que são estruturantes para a Bahia. O prazo para o governo federal empenhar os recursos deste ano foi até quinta-feira (7) e, por isso, Eduardo Salles fez essa tentativa de inserir no empenho do MI, o projeto de ampliação do volume de água armazenado na barragem de Ponto Novo.
Salles, que participou de reunião com o secretário nacional de Irrigação, Guilherme Augusto Orais, conta que desde que o projeto de Ponto Novo foi concebido, em 2004, a demanda pela água captada para consumo humano tem aumentado e, segundo análise de técnicos, os 1.100 hectares que já estão com a infraestrutura pronta e se encontram em processo de implantação, correm o risco de parar por falta de água para a sua operação, o que poderia impedir a geração de 3 mil novos empregos na região.
Para resolver a questão, Salles protocolou o projeto nas Secretarias Nacionais de Irrigação e de Infraestrutura Hídrica do MI, solicitando a instalação de um equipamento chamado Fusegate, que eleva a altura do sangradouro da barragem, possibilitando na região de Ponto Novo, o acréscimo de 11.800.000 metros cúbicos no volume acumulado, o que significa um aumento de aproximadamente 24% da capacidade de acumulação da barragem. “O dispositivo já está funcionando em diversos países do mundo, e foi proposto por técnicos da Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos (Cerb), para ser inserido nas barragens do França e Ponto Novo”, pontuou.
Outros projetos – Para resolver os problemas de falta de água para irrigação e consumo humano, o secretário Eduardo Salles também protocolou na Secretaria Nacional de Irrigação, no mês de junho, três projetos executivos, dois deles para a região de Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas e Dom Basílio, além de solicitar uma barragem para Casa Branca, no município de Mucujê. Esses projetos executivos também aguardam orçamentos para execução.
No mês de novembro foi viabilizado, dentro do programa Mais Irrigação, lançado pela presidente Dilma Rousseff, a pedido do governo da Bahia, através da Secretaria de Agricultura e a Codevasf, R$ 10 milhões para a elaboração de três projetos executivos, que representam o primeiro passo para posterior pleito de recursos que serão utilizados na fase de implantação . Trata-se de duas barragens, sendo uma no Rio Paraguaçú, na Chapada Diamantina e outra no médio Rio de Contas, na altura do município de Manoel Vitorino, com o objetivo de viabilizar a implantação de perímetros irrigados, que gerarão milhares de empregos e garantirão a permanência daquelas populações no campo. O terceiro projeto é voltado para o perímetro irrigado de Mucambo-Cuscuzeiro, no município de Santa Maria da Vitória, que quando implantado, viabilizará a irrigação por gravidade para milhares de pequenos agricultores já instalados nas áreas beneficiadas.
Irrigação em Ponto Novo – O objetivo do projeto é desenvolver o potencial produtivo do semiárido baiano, com o aproveitamento da barragem, como fonte hídrica de suprimento para consumo humano, implantando a agricultura irrigada na região e promovendo a integração entre pequenos, médios e grandes produtores. Possui uma área total de 3.669 hectares, com área irrigável de 2.570 hectares e o restante destinado à reserva legal, preservação permanente e espaços de uso comum. Atualmente são criados 1.550 empregos diretos e cerca de 4.000 indiretos na região, o que gera renda e desenvolvimento para a população local.
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