sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Procuradoria quer impedir posse do prefeito eleito em Campo Formoso


Eleito com mais de 19 mil votos para a prefeitura de Campo Formoso, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) corre o risco de não ser diplomado no próximo dia 19.
A Procuradoria Regional Eleitoral na Bahia (PRE-BA) se pronunciou contra a diplomação do pessedista. O procurador Regional Eleitoral, Sidney Madruga, o acusa de ter cometido abuso de poder econômico e fazer uso indevido dos meios de comunicação em benefício da candidatura nas eleições municipais.
O processo aguarda julgamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Caso os juízes acolham o parecer do procurador, ele não será empossado ou perderá o diploma eleitoral e o cargo, se a decisão for posterior ao início do mandato.
O deputado nega que tenha feito propaganda antecipada de sua postulação ou qualquer irregularidade, durante o processo eleitoral. Há expectativas de que esse desfecho ocorra hoje.
Conforme a procuradoria, o deputado firmou contrato com uma rádio de grande audiência na cidade com objetivo de difundir a própria imagem e se promover eleitoralmente, ao usar itens de seu programa de governo e pesquisas que o favoreciam, no período entre novembro de 2011 e junho de 2012. De acordo com o órgão, teriam sido 128 inserções com fins eleitoreiros.
O prefeito eleito também está sendo acusado de ter patrocinado o evento “Feijão Mais Eu 2012”, tendo o seu nome publicado nas camisetas da festa.
O deputado classificou as acusações como uma “excrescência”. Ele confirmou que oficializou um contrato com a emissora local, mas que desde o mês de maio havia finalizado ao enviar ofício, comunicando a necessidade de afastamento, devido a sua pretensão de se candidatar nas eleições.
“Precisamos comunicar os projetos, e prestar contas do mandato para a população. Quando eu consigo o programa de água para um município ou um calçamento, é importante que eu fale”, citou, enfatizando que, nas zonas rurais, o rádio ainda é o veículo mais usado pela população.
“No entanto, no mês de maio informei que depois das convenções não poderia mais usar desse meio. Em nenhum momento usei a rádio para dizer que era candidato. Quando questionado, sempre dizia que era uma honra, mas que eu não queria”, acrescentou, sugerindo que apenas uma vez teria sido condicionado por um repórter a responder positivamente sobre a questão.
Menezes se defendeu também do patrocínio em relação ao evento de entretenimento.


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