segunda-feira, 26 de novembro de 2012

UMA PEDRA NO SAPATO DE ACM


Embora não seja de sua responsabilidade (afinal, está chegando agora), o prefeito eleito ACM Neto (DEM) sabe que um dos seus desafios quando assumir o Executivo de Salvador será, em parceria com os governos do estado e federal, botar a chamada Linha 1 do metrô para andar.
Mas talvez não seja esta a principal dificuldade que o jovem democrata terá. Outro tema ligado a transporte ronda sua estadia no Palácio Thomé de Souza. Volta e meia o indigesto assunto (para ACM principalmente) da possibilidade de o aeroporto de Salvador voltar a se chamar Dois de Julho volta à pauta.
Nos bastidores da política soteropolitana, há quem diga que nomes 'experientes' da oposição já tentam convencer ACM Neto a ceder e facilitar o retorno do antigo nome do aeroporto. Fonte do 247 afirma que existe em curso uma tentativa harmônica entre os 'experientes' oposicionistas e líderes do governo do estado neste sentido.
Enquanto não há acordo, a polêmica volta a ganhar corpo. Em texto publicado em A Tarde, Newton Sobral diz que o movimento pelo retorno do terminal aeroviário "poderá tornar-se uma pedra no sapato do futuro prefeito ACM Neto". "Por motivos sobejamente conhecidos, ele é contra esta justa reivindicação dos baianos, considerando-a uma iniciativa revanchista pelo fato de propor a retirada do nome do seu tio, o ex-deputado Luís Eduardo Magalhães, da placa".
O deputado baiano Luís Alberto é o autor de um dos quatro projetos de lei em tramitação na Câmara Federal cujo objetivo é voltar a nomear o terminal como Aeroporto 2 de Julho.
O assunto é tão complicado que até o governador Jaques Wagner (PT) busca não polemizar. Em uma das últimas entrevistas na quais falou sobre o assunto, o petista disse que já conversou com a família, mas que ainda não havia avanço.
Para estudiosos e para o povo, até hoje, o 2 de Julho é a data mais importante para a Bahia, data que marca a independência dos espanhóis.
Diante da recusa de ACM Neto de destituir o nome de seu tio do aeroporto, Sobral, em seu texto no A Tarde, prevê possíveis situações embaraçosas para o jovem que conseguiu 'ressuscitar' o poder outrora liderado por seu avô, o chamado carlismo.
"Desse modo, poderemos ter, nos próximos quatro anos, uma situação paradoxal: um chefe do Executivo municipal em oposição aos seus munícipes em uma questão puramente cívica, envolvendo uma data simbólica, reconhecida por todos os estudiosos como a mais importante da história da Bahia, e mesmo do Brasil", supõe Sobral.
O projeto do deputado Luiz Alberto se encontra atualmente na Comissão de Educação da Câmara Federal "e de lá não sai devido às manobras protelatórias dos deputados do DEM, cuja bancada é liderada pelo próprio Neto", segundo Sobral.
Em uma dessas manobras, a deputada Dorinha Seabra (DEM-TO), sua aliada, pediu vistas à proposição exatamente quando ia ser votada, retardando assim a aprovação.
Bahia 247

Nenhum comentário:

Postar um comentário