O Itaú Unibanco, maior banco privado do país, viu seu lucro no terceiro trimestre encolher mais de 10 por cento na comparação anual, com aumento das provisões para calotes e queda da margem financeira.
O lucro recorrente, que desconsidera efeitos extraordinários, foi de 3,412 bilhões de reais de julho a setembro, queda de 13,4 por cento contra igual etapa de 2011 e de quase 5 por cento quando comparado ao segundo trimestre deste ano.
O resultado ficou abaixo da previsão média de analistas de ganho nessa base de 3,480 bilhões de reais para o Itaú entre julho e setembro, segundo pesquisa Reuters.
O lucro contábil trimestral foi de 3,372 bilhões de reais, redução de 11,4 por cento na comparação anual e alta de 2,1 por cento na trimestral.
A carteira de crédito do Itaú estava em 417,603 bilhões de reais no fim de setembro, avanço de 9,3 por cento em 12 meses e de apenas 1 por cento no trimestre. Os destaques positivos foram os empréstimos a grandes empresas e para o financiamento de imóveis, enquanto a carteira de veículos teve retração na base anual.
A inadimplência para débitos com atraso acima de 90 dias ficou em 5,1 por cento em setembro, acima dos 4,7 por cento um ano antes e queda de 0,1 ponto percentual na comparação com junho de 2012.
As provisões para maus pagadores somaram 5,939 bilhões de reais de julho a setembro, alta de quase 20 por cento sobre um ano antes e ligeira queda de 0,8 por cento sobre o segundo trimestre deste ano.
"Esse nível de provisionamento é atribuído, principalmente, à alta inadimplência verificada nas carteiras de veículos e ao aumento de volume das carteiras de crédito pessoal", informou o banco.
O retorno sobre o patrimônio líquido médio anualizado, importante indicador da rentabilidade de bancos, foi de 17,5 por cento no terceiro trimestre quando considerado o resultado líquido. Isso representa uma diminuição anual de 5,2 pontos percentuais e de 0,4 ponto contra abril a junho de 2012. O retorno com base no resultado recorrente nos três meses até setembro foi de 17,7 por cento. Continuação...
br.reuters.com
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