Goleiro da Portuguesa foi titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2006
Do R7
De volta ao futebol brasileiro e defendendo a Portuguesa, o goleiro Dida falou sobre um tema polêmico em uma entrevista concedida ao site oficial da Fifa. Titular do gol canarinho na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, ele comentou sobre a descriminalização no futebol, lembrando o arqueiro Barbosa, primeiro goleiro negro a defender a seleção brasileira, no Mundial de 1950.
— Acho que muita coisa mudou. Mudou tanto que você vê vários goleiros negros nas escalações. Eles estão sendo valorizados por seus clubes e na seleção. Eu tive minha oportunidade, o Jefferson está tendo agora. Sabemos que Barbosa sofreu muito por causa da derrota do Brasil na Copa do Mundo aqui. Sabemos que sua vida foi difícil depois disso e que, infelizmente, ele só teve o reconhecimento depois de sua morte. Mas acho que hoje as pessoas entender melhor a situação de um profissional que se dedica muito e diariamente.
Atualmente com 39 anos, Dida também comentou sobre a decisão de voltar ao Brasil. Depois de uma passagem muito vitoriosa pelo Milan, o goleiro estava esquecido em seus últimos anos na Europa. O craque revelou que tentou uma transferência para o futebol inglês, mas não foi bem sucedido por não ter passaporte europeu.
Traição e racismo mancham carreira de astro inglês
— Bem, primeiro foi por questões familiares. Porque, quando meu contrato com o Milan acabou, fiquei na Itália por mais um ano, procurando um clube na Inglaterra, já que era meu sonhojogar no futebol inglês. Não consegui isso, por ser extracomunitário, o que tornava a situação ainda mais difícil. Então no ano seguinte me mudei para o Brasil com minha família. Amo meu país. Era minha ideia ficar aqui quando me aposentasse do futebol. Mas aí veio essa proposta, e assinei meu contrato. Tive a oportunidade de vir para a Portuguesa e jogar o Brasileiro. Agora espero dar continuidade a isso.
Por fim, o goleiro da Lusa respondeu sobre sua estratégia para ter se tornado um dos maiores pegadores de pênalti do futebol mundial. Segundo ele, o goleiro consegue ficar mais tranquilo que o batedor, e essa responsabilidade reduzida ajuda psicologicamente o arqueiro no momento de decisão.
— Tudo é preparação. Você precisa trabalhar bem no dia a dia, precisa estar feliz e sempre bem concentrado. Acho que todo aspecto ajuda. Fico muito feliz de poder ajudar minha equipe nessa ocasião, porque não é fácil para os jogadores aguentarem esse tipo de disputa, ainda mais quando vamos para as cobranças alternadas. Acho que o goleiro não tem tanta responsabilidade como os jogadores nesta hora, mas ele tem a obrigação de fazer algo. Graças a Deus consegui me dedicar bem durante toda minha carreira, ainda sou dedicado hoje, então posso fazer um bom trabalho. Não acho que seja diferente com os pênaltis. Tem de estar concentrado para defender quantos pênaltis puder.
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