O governador Jaques Wagner participou ontem (16), no Palácio do Planalto, em Brasília, da cerimônia de instalação da Comissão da Verdade e da assinatura da Lei de Acesso à Informação. Durante a cerimônia, a presidente Dilma Rousseff disse que a comissão “não está movida pelo revanchismo, ódio ou desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu. Mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamento, sem camuflagem, vetos, sem proibições".
Wagner ficou emocionado com o discurso da presidente, que chorou ao se referir ao sentimento dos familiares de mortos e desaparecidos durante o regime militar. E destacou que o discurso de Dilma foi uma “peça histórica irrepreensível que vai marcar pela coragem e pela transparência”. Disse, ainda, que, "ao instalar a Comissão da Verdade, Dilma deixou bem claro que a comissão é uma tarefa de Estado e não de governo”.
Na cerimônia, a presidente Dilma empossou os sete integrantes do grupo, que vão investigar e narrar violações aos direitos humanos ocorridos entre 1946 e 1988 (que abrange o governo do presidente Eurico Gaspar Dutra até a publicação da Constituição Federal). A Comissão da Verdade é formada por sete integrantes: José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique), Gilson Dipp (ministro do STJ e do TSE), Rosa Maria Cardoso da Cunha (ex-advogada de Dilma Rousseff), Cláudio Fonteles (ex-procurador-geral da República no governo Lula), Maria Rita Kehl (psicanalista), José Paulo Cavalcanti Filho (advogado e escritor) e Paulo Sérgio Pinheiro (ex-secretário de Direitos Humanos).
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