O governador Jaques Wagner e 24 delegados de onze países do Congresso Judaico Latino-Americano foram recebidos, nesta quinta-feira (10), na Cidade do Vaticano, pelo papa Bento XVI. O papa destacou a importância do encontro, por se constituir “no primeiro grupo que representa organizações judaicas na América Latina com o qual eu me encontro no Vaticano", lembrando a "dinamicidade" principalmente das comunidades no Brasil, que vivem junto a uma maioria de católicos.
"Tenho a esperança de que a visita de hoje seja uma fonte de alento e confiança renovada no momento de enfrentar o desafio de construir laços cada vez mais fortes de amizade e colaboração, e de dar testemunho profético da força da verdade de Deus, da justiça e do amor reconciliador, para o bem de toda a humanidade”, disse o papa.
Antes do encontro com Bento XVI, o governador da Bahia foi entrevistado pela Rádio Vaticano e falou sobre a importância da audiência, a promoção da paz e a tolerância religiosa. Para Wagner, a voz do papa é imprescindível no cenário internacional para o tratamento destas questões. “A convivência democrática, o combate à intolerância tem de vir acompanhado pela solução dos problemas sociais”, afirmou o governador, na entrevista. Para Wagner, o agravamento do quadro social acaba por conduzir a teses segregacionistas e intolerantes. “É importante trabalhar sempre nos dois sentidos – no diálogo interreligioso, mas na busca da solução das questões sociais na Europa e no mundo, que, aliás, tem sido também o posicionamento do papa”.
Em relação à questão envolvendo os israelenses e palestinos, o governador afirmou que só haverá paz entre os dois estados – de Israel e do povo palestino – quando ambos entenderem que têm o direito de viver livremente, com dignidade, cada um respeitando suas tradições, suas convicções e sua história.
Nenhum comentário:
Postar um comentário