quarta-feira, 4 de abril de 2012

Caso Demóstenes: 'A renúncia ao mandato não pode resolver o problema', diz Pinheiro

O senador Walter Pinheiro (PT) teme que a renúncia ou a cassação do senador Demóstenes Torres (DEM) encerre a trama de denúncias envolvendo o empresário Carlos Cachoeira. “Não podemos reduzir esse caso exclusivamente ao Demóstenes. Perder o mandato ele vai perder, isso eu não tenho a menor dúvida, mas não podemos parar só na cassação sem apuração, sem ir atrás de todos os crimes cometidos – a utilização da estrutura de Estado, o esquema montado para auferir ganhos. [...] 


Nós vamos parar isso apenas na perda de um mandato? Eu acho que é um desserviço para com a verdade”, discursou  nesta quarta-feira (4). O petista explicou que o Conselho de Ética se reunirá na próxima terça-feira (10) para escolher o novo presidente, já que o titular em exercício, Jayme Campos (DEM-MT), preferiu se desvincular do colegiado no julgamento da quebra de decoro do correligionário. 


O PMDB tem a prerrogativa de indicar o sucessor, já que possui o maior número de integrantes no colegiado, mas, segundo Pinheiro, o PT sugerirá o nome de Wellington Dias. “Na terça o novo presidente será eleito, no mesmo dia receberemos a representação contra Demóstenes e marcaremos as sessões para ele apresentar a defesa. Consequentemente nós tocamos a parte que nos cabe, que é julgar o decoro parlamentar”, explicou. Pinheiro acredita que a apuração sobre a quebra de decoro de Demóstenes será o primeiro passo para impedir que a história acabe na clássica pizza. “A renúncia ao mandato não pode resolver o problema”, sentenciou o petista.

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