domingo, 26 de fevereiro de 2012

Incêndio comprometeu 40% da pesquisa brasileira na Antártida, diz pesquisador

Após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, na Antártida, o director do Centro Polar e Climático da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Jefferson Simões, avaliou as perdas provocadas pelo ocorrido. De acordo com Simões,  que já esteve 19 vezes no continente gelado, tendo ido cinco na Comandante Ferraz, o fogo comprometeu 40% do programa brasileiro no local. "Foram afetadas principalmente as áreas de biociência, algumas pesquisas sobre química atmosférica, de monitoramento ambiental, principalmente sobre o impacto da atividade humana naquela região do planeta. Infelizmente, isso também representou uma perda enorme em termos de equipamentos. Ainda não podemos estimar, mas ultrapassa a casa da dezena de milhões de dólares", lamenta o pesquisador. Segundo ele, no entanto, o programa antártico continuará funcionando porque a Comandante Ferraz, apesar de concentrar uma parte importante das pesquisas brasileiras, não era a única estação científica brasileira. Ele explica que, pelo menos metade dos pesquisadores, trabalha em navios de pesquisa ou em acampamentos isolados na Antártida. Além disso, Simões conta que, em janeiro deste ano, foi inaugurado um módulo de pesquisa no próprio continente Antártico, chamado de Criosfera 1, localizado a 2.500 quilômetros ao sul da Comandante Ferraz, que está concentrando importantes pesquisas brasileiras. Segundo a Academia Brasileira de Ciências, essa é a estação de pesquisas latino-americana mais próxima do Polo Sul. "É um módulo totalmente automatizado, que coleta dados meteorológicos, de química atmosférica, inclusive dióxido de carbono, e outros estudos. Essa expedição [de instalação do módulo] foi liderada por mim, com pesquisadores de sete instituições nacionais, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro", disse.


 informações da Folha.

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