Na tarde desta quinta feira,10, a deputada estadual Luiza Maia promoveu uma sessão especial na assembleia legislativa para lembrar os 30 anos do movimento dos trabalhadores sem terra e prestar uma homenagem às vítimas do Massacre de Eldorado dos Carajás.
Em pauta, a expansão da reforma agrária para tornar-se um modelo novo de agricultura, com o objetivo de fortalecer a cultura do campo e evitando o êxodo rural. Um dos pontos abordados foram as políticas públicas para o movimento sem terra. A deputada estadual Fátima Nunes acredita que os processos atuais podem ser menos burocráticos. “ Cobramos mais celeridade para Presidenta Dilma nos processos de reforma agrária”, pontuou a parlamentar.
O MST mostrou que a luta continua fortalecida rompendo as cercas dos latifúndios e buscando um brasil mais justo e digno com seu povo, através de políticas públicas como: água, luz, casa, comida, educação e saúde, pontuou a diretora estadual do MST, Lucinea Duraens. A deputada Luiza Maia autora da sessão , homenageou a diretora estadual do MST com um buquê de flores, e em seu discurso contou um pouco sobre os avanços obtidos. ““Muitas são as nossas conquistas. Mais de 2 mil escolas, mais de mil pessoas afalbetizadas que enfrentaram nas universidades o latifúndio pra dizer que a gente é contra a chibata da ignorância”, pontuou.
"O MST é parte da luta contra o autoritarismo, repressão e medo. Mais de 100 mil famílias em todo Brasil estão embaixo da lona preta. Alguns programas de governo, como o PAA (aquisição de alimentos ) tem ajudado, mas ainda é pouco porque só atinge 5% da população camponesa. É necessário que o governo aumente esse recurso e, além disso, garanta escolas para esses trabalhadores", finalizou a parlamentar.
A deputada estadual Fátima Nunes durante o seu discurso, parabenizou os passos importantes do MST. “ O MST além de ocupar a terra, resistir, produzir, criar um modelo de produção próprio, também eleger os seus representantes no Congresso Nacional”, sinalizou. Sobre o Massacre de Eldorado, a parlamentar fez um balanço dos últimos 30 anos. “Estamos celebrando algo grandioso, ao recontar os passos e lembrar alguns companheiros que não estão mais conosco por conta da crueldade da elite perversa. E não foi nos últimos 30 anos, mas quando chegaram, invadiram o nosso país e levaram terra, madeira, ouro e prata. Eles acharam que aqui era terra de ninguém e poderiam levar o que quisesse. Se não fosse as vozes dos índios, dos negros, de Zumbi dos Palmares, do MST, que se levantaram e puseram uma nova ordem, não saberíamos o que estaríamos vivendo nos dias de hoje” finalizou a deputada estadual.
Estiveram presentes também a secretária de Política para as Mulheres, Vera Lúcia Barbosa, Marinalva de Jesus representante dos Quilombolas, Anísio Borges do Movimento Reaja, Luis Henrique da UBES, entre outros.
Danúbio Trindade
Assessoria de Comunicação
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