terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Presos os donos das lojas Eletromil, acusados de golpes milionários no PA, MA CE e PI

 
A Polícia Civil do Pará apresentou nesta segunda-feira (17) os acusados de estelionato Eduardo Fernandes Facunde e Eduardo Fernandes Facunde Júnior, donos da cadeia de lojas Eletromil. Os acusados foram presos no Piauí; Eduardo Fagundes escondido em uma fazenda e o filho preso na casa da sogra.

As lojas dos Facunde ofereciam produtos na modalidade de “compra premiada” – um sistema semelhante ao consórcio – mas, segundo milhares de clientes lesados nos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará e Pará, não entregavam as mercadorias para aos sorteados, mesmo com a quitação de todas as parcelas. Somente no Pará foi estimado um montante de R$ 30 milhões de prejuízos a consumidores nos municípios de Belém, Capanema, Castanhal e Ananindeua. Os presos eram foragidos da justiça havia dois anos.

Também devem contas à Justiça pelos golpes da Eletromil Maria Sailene Gomes Facunde, a mulher de Eduardo Facunde, o filho dele, Facunde Júnior e a diretora comercial da empresa, Ana Cristina Gomes de Lima, que já presa há dois anos. Pai e filho presos serão recolhidos para uma unidade do sistema penitenciário paraense.

A prisão dos acusados já havia sido decretada pela juíza Giovana de Cássia dos Santos de Oliveira, da 4ª Vara Penal de Castanhal, um dos muitos municípios com clientes lesados pelos Facunde.

Golpes no MA - Em 2012, em São Luís, foi concluído pela delegada Uthânia Moreira Lima, titular da Delegacia do Consumidor (Decon), inquérito que investigou as denúncias de clientes da loja Eletromil, no bairro São Cristóvão. Na ocasião, além do próprio Eduardo Facunde, tiveram a prisão representada a mulher dele, Maria Sailene, e os dois filhos do empresário, Facunde Júnior e Bruna Suellen Gomes Facunde. Intimados para prestar esclarecimentos sobre a empresa na Decon, eles não responderam às intimações e foram considerados foragidos.

A rede - A rede Eletromil possui sede em Bacabal, MA (254 km da capital São Luís) e ficou famosa nos últimos dois anos por golpes dados em milhares de clientes maranhenses e de Estados vizinhos, que uma vez premiados, mesmo com as parcelas quitadas, nunca receberam seus produtos – eletrodomésticos, móveis, computadores e motos.

A decretação da prisão pela juíza Giovana de Cássia da Comarca de Castanhal (PA), portanto, confirmou as investigações iniciadas no Maranhão sobre os golpes. Em São Luís, Eduardo Facunde chegou a formalizar um acordo com o Procon, comprometendo-se a ressarcir os clientes lesados, o que, entretanto, nunca ocorreu.

Como o acordo não foi cumprido, o Procon-MA caçou o alvará de funcionamento de todos as lojas do grupo, inclusive as filiais no interior do Estado. Também foi pedido à Justiça, como medida cautelar, a penhora de todos os bens e valores dos responsáveis pela Eletromil.

 
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