quarta-feira, 18 de setembro de 2013

PSB ENTREGA CARGOS E DESCOLA DO GOVERNO DILMA

Agora é oficial. O PSB desembarcou do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) muito embora não passe a integrar a bancada de oposição. O partido optou por devolver os cargos que ocupa no Governo Federal após uma reunião que durou cerca de 4h, realizada nesta quarta-feira (18), em Brasília. De acordo como líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque “a relação com o PT será mantida em nível institucional e dentro do devido respeito entre as legendas, embora haja discordância em algumas coisas”. Segundo ele, o PSB poderá assumir uma postura de maior independência sem estar ocupando postos no governo, além de poder trabalhar com mais desenvoltura, até o final deste ano, a potencial candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

A reunião de Brasília, que contou com a participação da cúpula nacional do partido, resultou no consenso de que o partido não poderia mais ficar a reboque de pressões e recados passados pelo PT através da imprensa. “Com a devolução dos cargos nem o PSB se constrange e nem constrange o PT, seja por meio de terceiros ou de recados. Agora, não se discute mais cargos, mas uma agenda para o país”, disse Albuquerque.

As informações apontam que apenas o governador do Ceará, Cid Gomes, se manifestou de forma contrária à saída imediata do PSB da base governista. “Não que ele tenha sido contra. Mas ele achava que este não era o momento, que o PSB deverão esperar mais um pouco. Na realidade ele não votou contra, ele se absteve”, disse um dos participantes da reunião.

Embora já fosse dada como certa a saída do PSB da base do governo Dilma, a decisão foi discutida e anunciada, na noite desta terça-feira (17), ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo interlocutores do PSB, Lula teria aceitado bem a situação. “O Lula sempre foi protagonista e com certeza não seria contra o protagonismo de outros, neste caso, o do PSB”, disse uma fonte. Sobre uma possível reação da parte da presidente Dilma ou mesmo de uma retaliação por parte do PT, o interlocutor foi enfático. “Ela (Dilma) possui uma inabilidade política atroz. Ela agora pode fazer o que bem entender, mas não creio em uma retaliação direta contra o PSB. Neste momento, ela teria mais a perder do que o PSB”, avaliou o socialista em reserva.

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