terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pacientes reclamam da demora no atendimento da UPA 24h e diretor médico rebate: “A principal função é salvar vidas”

Inaugurada há duas semanas, a UPA 24h já é alvo de criticas na cidade. Segundo relato de Gilberto Gomes, na ultima quinta-feira (08) ele buscou atendimento após sentir dores na coluna, chegou na unidade, passou pela triagem, mas só foi atendido pelo médico duas horas depois. A reportagem do Nossa Voz ouviu o diretor médico da Unidade de Pronto Atendimento, Etiel Lins, que repassou informações sobre a classificação dos pacientes que chegam ao local.

“A UPA é regulada por uma classificação de risco. A gente sempre teve, desde o dia que inaugurou três médicos por plantão em cada 24h. A classificação de risco é feita pelo Ministério da Saúde. Então mesmo que a pessoa chegue cedo, antes que o outro, quem chega mais grave passa na frente. Dentro dessa classificação de risco a pessoa quando chega recebe uma pulseirinha que pode ter as cores azul, amarela, vermelha e verde e que de acordo com risco tem uma cor diferente. Vermelho é um paciente que está mais grave, então se você chegou e foi marcado como azul a sua urgência não leva a um risco imediato de morte, então você vai ter que esperar que sejam atendidos primeiro os pacientes que foram identificados como vermelho e amarelo para depois ser atendido o azul”, explicou.

Questionado sobre se não há uma previsão média para atendimento dos pacientes de baixo risco, Lins relata que há três médicos por plantão e entre eles dois estão voltados para consultas de baixa complexidade. Sendo assim, o tempo médio de espera é de 40 minutos. O diretor médico também atesta que os usuários da UPA passam pela avaliação de enfermeiros em uma investigação rigorosa do quadro clínico de cada um. “Claro que haverá alguns dias em que esses pacientes vão esperar mais porque dependendo do fluxo de pacientes aqui na UPA, a gente pode esperar um pouco mais o atendimento”, assumiu.

Mesmo admitindo a possibilidade de espera maior, Dr. Etiel garante que Gilberto Gomes não passou duas horas sem atendimento médico na unidade. O diretor também desmente boatos de falta de médicos no local. “Não é normal esperar por duas horas, mas dizer que não tinha médico também não corresponde a verdade. Desde quando essa UPA abriu que a gente consta com três médicos no plantão. Esse boato de que faltou médico aqui não é verdadeiro”. Segundo Lins, a média de atendimento diário é de 250 pacientes. “Talvez esse fluxo e alguns pacientes demandam mais tempo no atendimento e por isso tenha demorado”.

Atento a entrevista, o ouvinte Milton Manoel de Macedo contestou as informações repassadas pelo diretor médico da UPA e cobrou atendimento imediato aos que procuram o equipamento de saúde. “Eu estava aqui ouvindo o programa e não concordo com o que ele está dizendo porque quando uma pessoa vai para urgência é porque está doente mesmo, não tem o que esperar não. Como é que abre um hospital agora em Petrolina e já tem tanta reclamação e a pergunta é: que garantia tem os pacientes que procuram o hospital vão pode esperar? O médico consultou ele para saber se ele pode esperar mais do que o outro que vai passar na frente do outro? Eu acho que está errado”.

Rebatendo as declarações do ouvinte, Dr. Etiel alegou que a função primordial da UPA 24h é salvar vidas. “As classificações de risco foram feitas pelo Ministério da Saúde baseados na classificação dos pacientes. Infelizmente a população ainda precisa conhecer, precisa ser educada, orientada. No início é difícil que as pessoas consigam entender que o risco do outro é maior do que o seu porque o que pode ser emergência para pessoal mim o Ministério da Saúde classifica que não é. Um dente frontal quebrado é uma urgência para a pessoa, mas aquilo não vai levar a um risco imediato de morte da pessoa, enquanto um paciente com infarto tem o risco iminente de morrer esse paciente tem que ser atendido imediatamente”
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Site da Grande Rio FM

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