Nos Estados Unidos, a mídia local saudou a criação de 165 mil empregos no mesmo mês de abril como "acima das expectativas". Economistas consultados pelo Instituto Dow Jones afirmaram anteriormente, sobre o período, que aguardavam o surgimento de 148 mil vagas. Ou seja, sobre uma previsão modesta, os americanos podem comemorar um resultado numérico inferior ao alcançado no Brasil – onde a mídia tradicional busca nas piores comparações um meio de trabalhar pelo fracasso.
O jogo de impor uma fracassomania no Brasil é arriscado. O saldo de 196 mil novos empregos no País se deu pela diferença entre 1.938.169 contratações e 1.741.256 demissões. Isto mostra uma economia de porte gigantesco, submetida a complexas situações de temperatura e pressão. Campanhas que apontam um Brasil que não cresce – apesar de uma dezena de indicadores objetivos em contrário – trabalham na direção de prejudicar milhões de famílias.
Nos Estados Unidos, ao contrário, partindo de uma expectativa real, feita em razão de toda a crise internacional em curso, chega-se a um resultado pior, porém efetivamente comemorado. Enquanto aqui meios com ainda grande penetração jogam contra, lá se faz coro a favor.
Na semana passada, em nova coincidência, o resultado do crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre foi divulgado no mesmo dia que o crescimento do PIB do Japão no mesmo período. A exemplo de outros veículos, o jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, saudou o resultado de 0,5% de crescimento do PIB japonês como algo próximo do espetacular, cercando de elogios a atuação do banco central do país asiático. O PIB 1% maior no Brasil – exatamente o dobro que foi conseguido pelo Japão – foi apontado como um resultado fraco, com previsões de não se repetir. O problema é que a realidade com seus fatos teima em desmentir os que não apenas jogam pelo insucesso, mas mal sabem ler números macroeconômicos e, muito menos, compará-los ao que está acontecendo no mundo.
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