- Cabral e seus amigos têm medo de mim porque sabem que, se eu for eleito, eles podem ir presos. Roubaram muito", acusou Garotinho. "Esse é o governo mais corrupto da história do Rio. Vou fazer uma devassa nessa administração, não vou segurar nada", continuou.
O ex-governador alega que está sendo espionado pelo aparelho de segurança do Estado, comandado pelo secretário José Mariano Beltrame. "Esse jogo baixo contra mim e a minha família é sinal do desespero do governador. Ele está acuado politicamente", sustenta.
No raciocínio de Garotinho, feito com base no resultado das últimas eleições municipais e nas atuais pesquisas de intenção de voto, o candidato a governador de Cabral, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, não chegará ao segundo turno num quadro em que também concorram o próprio Garotinho e o senador Lindbergh Farias, do PT.
- Cabral não pode aceitar a candidatura do PT porque sabe que, com a deles e a minha, não há espaço para Pezão crescer, reflete Garotinho.
Ele diz que a segunda alternativa do governador é tirar da disputa o próprio Garotinho.
- Já fui vítima de escutas ilegais e estou sendo novamente. A intenção é me desmoralizar como eu fiz com eles, ao mostrar para todo o Brasil a 'gangue dos guardanapos', mas eles não encontrarão nada contra mim, enquanto eles nunca mais irão superar essa situação vexatória, acredita Garotinho.
No ano passado, o ex-governador divulgou em seu blog fotos tomadas em Paris do governador Sergio Cabral divertindo-se com integrantes de seu primeiro escalão e o empreiteiro Cavendish. As cenas agitaram a CPI do Cachoeira e quase provocaram a convocação do governador, salvo por uma articulação parlamentar comandada pelo PT.
Garotinho avalia que o PMDB de Cabral saiu enfraquecido das eleições municipais do ano passado, superado pelo crescimento do PR e do PT em cidades populosas. Na campanha dos prefeitos, Garotinho fez questão de associar-se aos principais candidatos, e colheu vitórias no interior.
- Minha rejeição hoje é de 28 por cento e está caindo. Tenho pelo menos 30 por cento das preferências nas pesquisas. Isso significa que irei ao segundo turno. A outra vaga será do PT, com Lindbergh. Cabral está desesperado porque não há espaço para o crescimento da candidatura do Pezão. O reinado está chegando ao fim, professa Garotinho.
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