Organização criminosa fazia pagamentos em dinheiro vivo a servidores da Secretaria da Fazenda de São Paulo para surrupiar processos fiscais de empresas autuadas por sonegação e outras irregularidades; três funcionárias tinham como função sumir com esses autos e três empresários, apontados como os mentores da trama, foram indiciados por seis crimes
Identificada pela Polícia Federal, uma organização criminosa se infiltrou na Secretaria da Fazenda de São Paulo para obter processos de empresas que sofriam autuações. O processo, de acordo com um relatório da PF, era sonegar servidores da Secretaria e se apoderar dos documentos – a instituição acredita que cerca de 100 processos podem ter sido roupados pelo grupo entre 2009 e 2012.
De acordo com reportagem, três funcionárias da área administrativa da Fazenda foram indiciadas pela PF por quadrilha, corrupção passiva e subtração de documentos. A essas funcionárias, que tinham acesso irrestrito aos autos de infração e procedimentos fiscais, era imposta a função de sumir com autos de processos.
Os pagamentos de propina eram feitos em dinheiro vivo, de acordo com o relatório da Polícia Federal. Três empresários são apontados como "mentores da trama", de acordo com a reportagem: Antonio Honorato Bérgamo, Wagner Renato de Oliveira e Antonio Carlos Balbi, que chegaram a ser presos durante a Operação Lava Rápido, no ano passado, mas depois soltos. Eles foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República e o juiz que pediu a soltura dos investigados abriu ação penal contra eles.
Os três foram indiciados por quadrilha, falsidade ideológica, tráfico de influência, corrupção ativa, crime financeiro e lavagem de dinheiro. Em poder do grupo, a PF encontrou 19 impressos de extratos de processos da Fazenda, além de 26 planilhas com detalhes sobre a situação fiscal das empresas.
BRASIL 247Concurso da Aeronáutica tem 241 vagas e salários de até R$ 9 mil
Nenhum comentário:
Postar um comentário