domingo, 27 de janeiro de 2013

SAAE FALA DO PROBLEMA DA ÁGUA BARRENTA EM CURAÇÁ

Durante os períodos de chuva, a cidade de Curaçá sofre do problema da água barrenta. “Isso é antigo, desde que o Saae de Curaçá existe enfrenta isso”, lembrou Washington Andrade, assistente administrativo e funcionário mais antigo da Empresa. Acontece que o local onde o Saae capta a água para clareamento fica logo abaixo de dois rios temporários (Belmonte e Curaçá ou Barra Grande). “Quando chove, esses rios misturam muito barro e sujeiras na água. A turbidez pula do normal de quatro UT (unidades de turbidez) para até 300. Nossos filtros conseguem clarear a água totalmente com turbidez até 90 UT”, explicou Antonio Alves, Chefe da Estação de Tratamento de água – ETA, o qual ilustrou: “turbidez é o grau de clareza da água. Zero UT significa água totalmente clara. A partir de 15 UT, a água já está visivelmente barrenta”.

Desde que foram construídos, os filtros da ETA já apresentaram problemas estruturais como o rompimento das estruturas em fissuras, relatou Jean Marcelo, Diretor do Saae. Esse problema faz com que a água não filtrada passe direto para a parte da água filtrada e misture tudo. “Em 2006, foi tentado consertar o problema no filtro 1 e foi pior, pois a estrutura dele ficou fragilizada e esse ano cedeu. Não dá mais para recuperar. Estamos praticamente trabalhando com um só filtro, porém esse conjunto de dois filtros foi projetado para uma população de 8 mil habitantes e já somos quase o dobro, por isso vem acontecendo falta de água durante o dia na Cidade”, revelou o Diretor.

A Administração do Saae buscou solucionar o problema adquirindo filtros modulares. Conforme Washington Andrade, foi feita pesquisa junto a Recal (Feira de Santana-BA) e Ecosan (Belo Horizonte-MG). O orçamento passa dos 80 mil reais para atender a demanda de água da população, “sem acrescer transporte dos módulos e custos de instalação”, completou o Assistente. “A fábrica pede dois meses para entregar o produto. O transporte é difícil até Curaçá e deve demorar mais. Fora isso, ainda tem a instalação que vai levar dias e teríamos o transtorno de faltas de água durante todos esses dias. Além do custo alto, e de o Saae não dispor desse recurso, a fábrica não garante água clara com essa turbidez do Rio nos períodos de chuva, portanto desistimos de fazer a compra. Atestamos que é inviável técnica, ambiental, econômica e socialmente”, avaliou Jean Marcelo.

O Diretor ainda lembrou que esse momento de água barrenta passa logo e que uma nova estação de tratamento de água está sendo construída e deve ser inaugurada em novembro desse ano. “É um sistema completo, eficiente, com mais de 1,2 hectare de área construída. Isso resolverá o problema da água barrenta. Mas é preciso lembrar que, atualmente, a água distribuída, mesmo barrenta, foi filtrada, fluoretada e clorada, portanto é uma água potável”, concluiu Jean.


Informações de Maurízio Bim, Ascom Prefeitura e Saae de Curaçá

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