terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Petrolina - Osório Siqueira é eleito presidente da Casa Plínio Amorim Por 11 a 08

Respondendo a todos os recados e ameaças recebidos, Osório Siqueira garantiu não estar buscando o rompimento com o grupo político que o elegeu. Zenildo do Alto do Cocar fez promessas de gestão e pediu votos a todos os colegas de legislatura, inclusive ao concorrente. Assim foram os pronunciamentos dos dois candidatos a presidência da mesa diretora da Câmara Municipal de Petrolina. A eleição aconteceu por volta das 18h na primeira sessão realizada em 2013 na Casa Plínio Amorim. Ironicamente, reunião foi presidida por Zenildo. Nos próximos dois anos ele não terá essa chance, a menos que haja a concessão da mesa em uma sessão solene ou audiência pública convocada pelo edil.

Após a leitura do regimento que regulamenta o pleito, os dois candidatos tiveram a oportunidade de falar aos colegas. Ao se manifestar, Osório Siqueira garantiu não estar afrontando ninguém. “Minha candidatura é legitima e democrática”, declarou. Ele negou que sua atuação como presidente estaria condicionada a apoiar a gestão de Julio Lóssio e garantiu se manter na oposição e fiel a Fernando Filho.

Zenildo arrancou risos da platéia ao pedir ajuda aos colegas de legislatura, independente do cargo que pleiteiam. “Peço a Osório, ao companheiro de partido, que me ajude” Nem mesmo Dr. Pérsio, um dos maiores articuladores da chapa concorrente escapou do apelo. “Assim como você sonha em ser presidente de Campo Alegre de Lourdes, sua cidade, eu tenho o sonho de assumir a Câmara Municipal de Petrolina, da minha cidade, onde nasci”. A colocação foi comentada pelo governista ao justificar seu voto em Osório Siqueira. “Vou mandar o seu currículo lá para a Globo, o senhor merece ser ator na novela das oito”, disparou Pérsio.

Zenildo em seu discurso também reforçou críticas a gestão da colega de partido Maria Elena, ressaltando que a mesa encabeçada pela socialista não tinha transparência. As declarações foram rebatidas pela vereadora Cristina Costa, que foi primeira secretária na administração de Elena. “Zenildo, Elena não precisa de você, como representando do PSB, trazendo uma gestão transparente. A mesa diretora atuou de forma igual, com dialogo e desafios enfrentados. Várias oportunidades foram dadas também e reconheço isso como primeira secretária. Essa Câmara não esteve de portas fechadas aos mais humildes assim como não ficará e não foi na gestão de Maria Elena e Osório. Compreendi e quero respeitar a candidatura de Zenildo. Aguardamos um dialogo, mas vocês já tinham 11 e não precisavam dos votos do Partido dos Trabalhadores. Aqui tem uma mesa que será firme pela experiência. Não é mesa de Lóssio, Odacy ou Fernando filho, é a mesa dos vereadores. Pela coletividade, o PT e eu como membro, declaro voto a Osório pela autonomia”, .

Mas as farpas se acirraram em alguns pronunciamentos. O Grupo dos 12, dissolvido em oito, quando defendeu o voto em Zenildo, falou sobre lealdade. Na fala de todos havia a acusação de que Osório não foi um “homem de palavra”. Em discurso contundente, Zé Batista, que havia colocado o nome na disputa e retirou “em prol da unidade”, chamou a atenção para eleição da mesa diretora ocorrida há dois anos, quando Osório agiu de forma arbitrária e não permitiu a posse dos colegas opositores nas instalações da Casa Plínio Amorim. “Osorio fala em democracia, mas fechou a casa com cadeado e foi presidente 25 meses. Isso é democracia? Na primeira reunião que tivemos com Fernando Filho, todos os 12 disseram que votariam em quem o deputado mandasse. Eu era um dos candidatos, retirei minha candidatura em prol da unidade. Lossio teve a hombridade de me chamar na casa dele para conversar e eu disse a ele que fui eleito pela oposição e vou ser oposição não sistemática, mas responsável. Meu voto é de Zenildo Nunes”

Ronaldo Cancão foi além e citando o histórico da gestão de Osório, duvidou da capacidade do colega em administrar. “Começo esse discurso transtornado e envergonhado. Voto pela linha da ética e na moral. A Câmara foi deixada por Osório com uma dívida de R$ 290 mil e Maria Elena com grandeza, parcelou. Ele recebeu da prefeitura um repasse de R$ 350 mil por equivoco e teve que assumir em 11 parcelas de R$ 50 mil porque o executivo cobrou. Vamos procurar uma linha diferente onde a gente possa trazer a auto-estima desse povo pela Câmara de Petrolina. Quem é o companheiro Osório para falar de democracia, ele que rejeitou o que foi escolhido pela maioria. Não há derrota para quem tem sentimentos profundos de fé, perseverança. Não adiante negar, quem lhe colocou na presidência foi o prefeito de Petrolina Julio Lóssio e você não tem apoio de Fernando Filho e nem do nosso grupo político”, afirmou.

Maria Elena aproveitou para fazer um balanço da sua gestão. Ela parabenizou a articulação de Persio Antunes e o posicionamento petista, que demorou a seu procurado pelo Grupo dos 12 e manteve a palavra empenhada ao governista. A edil ainda assumiu que não teve competência em articular os apoios dos colegas. “Osorio deixou de pagar ao INSS, recebi a casa com débito de R$ 550 mil. Para ele administrar só receberá de divida da rescisão de R$ 60 mil, que o senhor que me impediu de agir com democracia vai encontra sanadas. Não encontrará como eu encontrei em fevereiro as contas de telefone com R$ 29 mil reais. Acho que agora o senhor vem mais experiente e terá cuidado para que o próximo presidente a assumir não tenham essa dificuldade”

Mantendo a previsão, Osório Siqueira, que encabeçou a Chapa 1, foi eleito por 11 votos contra 08 destinados ao concorrente Zenildo do Alto do Cocar. Os integrantes do grupo de Fernando Filho, derrotados, não esperaram o discurso da vitória e se retiraram da sessão.


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