Depois de 22 anos, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) retorna à Presidência da Republica, mas agora como interino. Com a presidente Dilma Rousseff na Rússia e o vice-presidente, Michel Temer, em Portugal, Sarney ficará "no exercício da Presidência" até sábado (15) à noite, quando Temer retornará ao Brasil.
O terceiro na lista de sucessão, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), teve uma interinidade-relâmpago. Assumiu na quarta-feira (12) à noite, após o embarque de Temer, e sete horas depois viajou para o Panamá, onde cumprirá agenda de dois dias.
A manobra para Sarney assumir a Presidência foi um gesto de cordialidade do Planalto para homenageá-lo, em um momento em que o governo precisa do apoio dele para conter diversos problemas no Congresso. Entre eles, a tentativa de derrubar a proposta de partilha dos royalties do petróleo.
Sarney promete ser o mais discreto possível em sua passagem pelo Planalto e já avisou à assessoria da Presidência que pretende, apenas, cumprir o rito determinado pela Constituição, sem assinar nenhum tipo de ato ou fazer qualquer tipo de cerimônia.
A previsão é de que a presidente Dilma chegue ao Brasil entre o sábado (15) à noite e a madrugada do domingo (16), desembarcando em Fortaleza (CE) para a inauguração do Castelão, primeiro estádio a ficar pronto para a Copa das Confederações.
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