segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Preços das passagens aéreas caíram 43% entre 2002 e 2011

Com a redução do preço das passagens áreas o número de brasileiros que optam em viajar de avião aumentou consideravelmente. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), O preço médio da tarifa de passagens aéreas nacionais caiu 43% entre 2002 e 2011, no mesmo período foi constatado que a procura por passagens cresceu quase 200%.
O aumento da procura e a queda dos preços se deve, em grande parte, à mudança de atuação do Estado nesse mercado, explica Cristian Vieira, gerente de Análise e Estatísticas e Acompanhamento de Mercado da Anac. De acordo com Vieira, hoje as empresas aéreas são livres para estipular o valor das tarifas cobradas, desde que não haja concorrência “predatória”. Mas nem sempre foi assim. Antes de 1989, o Estado fixava os preços das passagens aéreas. Foi nesse ano que o Brasil começou a estipular limites mínimo e máximo do valor das tarifas domésticas. Em 2001, houve a implantação da liberdade tarifária no transporte aéreo em viagens nacionais.
Ele acrescenta que, com a desregulação de preços, 63% dos assentos comercializados em 2011 tiveram valor abaixo do mínimo de quando havia regulação máxima e mínima de preços. Até 2002, não existiam assentos por menos de R$ 100, enquanto em 2011 cerca de 16% das passagens aéreas foram comprados nessa faixa de preço e, nesse mesmo ano, 65% das passagens foram compradas por menos de R$ 300.
Promoções
Em 2004, depois de uma promoção de passagens por R$ 50, as empresas passaram a ter que registrar valores promocionais com no mínimo cinco dias de antecedência. Desde 2010 não existe a obrigatoriedade, as empresas precisam apenas registrar posteriormente os valores executados no mês.
Rogério Coimbra, secretário de Política Regulatória de Aviação Civil, diz que agora a atenção é para o consumidor. “Antes a preocupação era proteger as empresas” disse. Coimbra explica que hoje a regulação deve se voltar para a infraestrutura aeroportuária.
Turismo interno
O lazer ainda aparece como a principal motivação da movimentação interna brasileira, com 81,4%. O meio de locomoção mais usado continua sendo o carro. O avião, no entanto, responde pelo maior crescimento percentual (50%) desde o último estudo. Atualmente, 17% das pessoas usam a ponte aérea para se locomover. Para cada grupo de 100 viajantes, 64 se hospedam na casa de parentes e amigos. Essa modalidade apresentou um crescimento de 6,5 pontos percentuais, em grande parte justificado pela inclusão das famílias que ganham até quatro salários mínimos no mercado de consumo. Todos os outros meios de hospedagem – resorts, hotéis, pousadas, imóveis alugados ou próprios – registraram queda percentual.
Os quatro estados do Sudeste são os que mais enviam e recebem visitantes no País. A região participou com 40,8% do emissivo e 36,5% do receptivo dentro do total das 191 milhões de viagens domésticas realizadas no ano passado. Os dados são do Estudo da Demanda Turística Doméstica no Brasil 2012, realizada pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Fonte: Agência Brasil

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