Apesar dos esforços empreendidos para ampliar e melhorar o acesso da população aos serviços bancários, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, ressaltou hoje (9) que a autoridade monetária prioriza três linhas de ação para aperfeiçoar a inclusão financeira: a identificação da demanda existente por serviços financeiros, o aprimoramento do marco regulatório e a promoção da educação financeira com transparência.
A revelação feita durante o lançamento do Plano de Ação para Fortalecimento do Ambiente Institucional, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em solenidade que contou também com participação da assessora especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Financeiro Inclusivo, Princesa Máxima dos Países Baixos, e do diretor técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos.
Tombini destacou que desde a década de 1990 o BC vem atuando na expansão e fortalecimento dos canais de acesso a serviços financeiros. Para tanto, criou instrumentos efetivos para melhor adequação dos serviços às populações de menor renda e garantir a qualidade na provisão dos serviços financeiros. Ele destacou a importância do correspondente bancário, que presta serviços bancários aos municípios sem instituição financeira.
Além dos correspondentes, presentes nos 5.565 municípios do país, Tombini ressaltou também a atuação do BC no fortalecimento das cooperativas de crédito. Outra “peça fundamental”, segundo ele, para o atendimento a setores específicos, especialmente na operação com crédito rural para associações produtivas. Na década passada, as cooperativas foram ampliadas de 2,6 mil para 6,4 mil, e o número de cooperados aumentou de 1,5 milhão para 5,1 milhões.
Tombini disse ainda que em 2000 existiam 19 mil correspondentes bancários em operação no país. Número que saltou para 150 mil dez anos depois, em resposta ao esforço do BC de levar serviços bancários às populações mais desassistidas. O impulso de cooperativas, correspondentes e os diferentes canais de autoatendimento fez com que o número de pessoas com conta bancária aumentasse 31% nos últimos cinco anos, e hoje 121 milhões de brasileiros, ou 84% da população adulta do país, têm acesso a algum banco.
O presidente do BC enfatizou, ainda, que além de criar condições necessárias à promoção da inclusão financeira – como a conta simplificada, sem cobrança de tarifas – a autoridade monetária aprimorou normas, nos últimos dez anos, de modo a garantir o direito de escolha do domicílio bancário, independentemente de onde o trabalhador receba o salário. Além da portabilidade gratuita do salário, o BC também vedou a cobrança de tarifa decorrente de liquidação antecipada de contratos de crédito, lembrou Tombini.
Stênio Ribeio
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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