quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

COMÉRCIO VAREJISTA BAIANO CRESCEU 4,2% EM DEZEMBRO DE 2011

Durante o mês de dezembro de 2011 o comércio varejista baiano apresentou expansão de 4,2% no volume de vendas em relação ao mesmo período de 2010. Foi o 12º mês consecutivo em que o segmento apresentou resultado positivo em termos de volume de vendas, apesar de ter ratificado o enfraquecimento no ritmo do crescimento em comparação ao mesmo período do ano anterior que teve elevação de 10%. 

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan).

No acumulado de janeiro a dezembro de 2011, em comparação com o mesmo período de 2010, o comércio varejista baiano apresenta um crescimento de 7,1%. Essa taxa foi inferior à registrada no mesmo período do ano passado, quando as vendas situaram-se em 10,3%.
Bens duráveis
Para o técnico da SEI, André Melo, as vendas no último mês de 2011 foram impulsionadas pelo aumento da massa salarial em circulação na economia baiana, típica desse período, “decorrente da liberação da última parcela do 13º salário e da proximidade do período natalino”. Segundo ele, o apelo comercial levou os consumidores a adquirir bens duráveis e semiduráveis. “Todavia não se pode desconsiderar que parte do décimo terceiro salário se destinou ao pagamento de débitos anteriormente contraídos pelos consumidores". 

No mês em análise, os dados do comércio varejista do estado da Bahia, quando comparados com os de igual mês de 2010, indicam que sete ramos apresentaram resultados positivos quanto ao volume de vendas e uma atividade apresentou variação negativa.
Mais emprego formal
Apresentaram expansão das vendas os setores de livros, jornais, revistas e papelaria (17,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,0%); móveis e eletrodomésticos (8,3%); combustíveis e lubrificantes (5,3%); tecidos, vestuário e calçados (3,7%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,5%); e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%). Apenas o setor equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou redução, com -36,8%.

No ano de 2011, um conjunto de fatores sustentou os resultados favoráveis do comércio varejista. Dentre eles se destacam a expansão do crédito para financiamentos, ampliação dos prazos de parcelamento, melhoria de rendimentos dos consumidores, sobretudo daqueles de menor poder aquisitivo, e, principalmente, o aumento do emprego formal no estado. 

No aspecto conjuntural, o quadro de incerteza internacional estimulou o Banco Central (BC) a reduzir a taxa básica de juros (taxa selic) em 0,50%, o que repercutiu nos juros cobrado aos consumidores. 

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) situou-se em 0,50% no mês de dezembro de 2011, demonstrando desaceleração frente à taxa do mês anterior, quando foi registrada variação de 0,52%. Até dezembro, o indicador acumulou alta de 6,50% no ano, a maior taxa anual depois de 2004, quando ficou em 7,60%, segundo dados divulgados pelo IBGE. 

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