Agricultores familiares de municípios do norte da Bahia – como Campo Alegre de Lourdes, Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Juazeiro, Uauá, Curaçá, Sobradinho e Sento Sé – apostaram na potencialidade que a apicultura oferece e estão se especializando na produção de mel e cera.
Somente Campo Alegre de Lourdes comercializou, de janeiro a abril deste ano (melhor período para exploração da apicultura), cerca de 160 toneladas de mel. O valor do quilo do produto, na cidade, gira em torno de R$ 4,30. Dessa forma, a apicultura contribuiu para circulação no comércio local com aproximadamente R$ 6,5 mil. O mais relevante em relação ao produto é que o custo de produção não passa de R$ 1,50, o que proporciona aos apicultores familiares um lucro real em torno de 65% por quilo de mel.
Este ano, a produção de mel em Remanso foi de 64 toneladas. Pilão Arcado, 63 t. Canudos, 61 t. Casa Nova, 62,08 t. Juazeiro, 22,02 t. Uauá, 26 t. Curaçá, 17,24 t. Sobradinho, 11,72 t. Sento Sé, 858 kg, totalizando, somente no território do Sertão do São Francisco, uma produção de 483.128 quilos de mel.
Mas nem sempre foi assim. Tradicionalmente, os agricultores familiares investiam exclusivamente na caprinovinocultura. Com incentivos governamentais e a participação de instituições como a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), responsável pela Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), e outras entidades como Universidade Federal do São Francisco (Univasf), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) e a Seagri, a situação vem mudando, consideravelmente.
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