terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Presidente do Atlético-PR acusa vascaínos de premeditar atos de violência

O clima azedou de vez entre Atlético-PR e Vasco. Depois dos vândalos das torcidas organizadas dos clubes protagonizarem as lamentáveis cenas de violência no último final de semana, o presidente do Furacão, Mario Celso Petraglia decidiu atacar o clube carioca, que revelou ter a intenção de rever os pontos perdidos na polêmica partida na justiça. 

De acordo com o dirigente, o incidente poderia ter acontecido de forma premeditada exatamente para que a referida ação judicial pudesse ser tomada pelos vascaínos, que na sua visão, devem retornar para a Série B.

“Toda essa coisa que vimos aqui infelizmente é herança desses dirigentes que investem, prestigiam, dão dinheiro e ingressos para essas torcidas organizadas. Vieram de forma premeditada para criar dificuldades para que o jogo não terminasse e para que fôssemos ao tapetão, que seria a última esperança deles de não voltarem para o lugar deles, que é a Segunda Divisão. Porque esse time do Vasco, com todo respeito às tradições da instituição Vasco da Gama, mas com os últimos dirigentes que tenho acompanhado nesses 20 anos que tenho de futebol brasileiro, o que vi a forma como esse clube foi aviltado, saqueado e destruído. Está aí o resultado: em cinco anos essa segunda queda e vai ficar aí nesse iôiô aí, nesse sobe e desce, porque não tem nenhuma estrutura, não se organizou e não se modernizou.”, criticou o presidente em entrevista à rádio oficial do Atlético-PR. 

Petraglia relembrou de fatos ocorridos no passado, quando o Vasco ainda era presidido por Eurico Miranda, para justificar a mentalidade dos dirigentes, que segundo ele, ainda estão dominando a instituição.

“Vimos aqui no último jogo um time correndo, passando por cima de um adversário. Infelizmente essa alegria foi dividida com uma tristeza muito grande de vermos esses vândalos, esses arruaceiros, essa herança do Eurico Miranda de 2004, quando fomos jogar lá uma das finais do Campeonato Brasileiro daquele ano. Ele abriu os portões (para a torcida), fomos mal-atendidos, mal recebidos, não tivemos condições de aquecer no campo. Ele nos trancou naquele vestiário ridículo daquele estádio ultrapassado. Foi lamentável aquele jogo e nós acabamos perdendo o campeonato. Mas hoje esta aí, a bola é redonda e o troco veio de cinco. Hoje sobrou mais um para o caixão do Seu Eurico Miranda.”, atacou. 

O ex-presidente vascaíno soube das declarações do dirigente paranaense e não se fez de rogado. Além de afirmar que apoia a decisão de seu adversário político, o presidente Roberto Dinamite, de buscar seus direitos na justiça, também atacou a direção do Atlético-PR. 

“Tenho que ouvir sandices que esse senhor falou a respeito do futebol carioca e de administração esportiva. De administração esportiva ele não entende nada, não sei se ele entende outro tipo de administração nem sei como conseguiu as coisas em sua vida. Deve ter conseguido outras coisas saqueando alguém, deve ter saqueado. Ele entende tanto de administração esportiva que veio pegar alguém aqui que foi formado no Vasco, que é o Antônio Lopes. Veio pegar aqui com os imbecis do Rio de Janeiro. Isso é mais uma prova de que ele está e continua como uma grande dor de corno.”, afirmou em entrevista à Rádio Bradesco Esportes.

Para Eurico Miranda a ação ocorrida em Joinville foi um fato que merece o cancelamento da partida, pois descumpriu um artigo do campeonato.

“O Atlético deveria perder os pontos e os dirigentes do Vasco deveriam sair após 60 minutos de paralisação. Eles teriam que ser declarados como perdedores no tribunal, não deram segurança. O artigo 19 do regulamento diz com todas as letras que o árbitro espera 30 minutos e mais outros 30 minutos. O árbitro botou na súmula que reiniciou o jogo uma hora e 13 depois, violando o regulamento.”, justificou.

Tribuna da Bahia

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