Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de softwares dentro do Parque Tecnológico da Bahia, que funcionará na Avenida Paralela, o que coloca o estado em uma posição única no Brasil na área de pesquisa e em engenharia de software.
Um grupo de empresários da Alemanha visitou, na quinta-feira (1º), as instalações onde será o centro integrado de tecnologia Ufba/Instituto Fraunhofer, o primeiro do Brasil dentro desse modelo. Os outros centros de projetos em engenharia de software e sistemas do instituto fora da Alemanha funcionam nos Estados Unidos e na Austrália.
O diretor e professor doutor do Instituto Fraunhofer, Hans Rombach, disse que as instalações são perfeitas para se fazer pesquisa. “Estamos ansiosos para começar logo”. Ele afirmou que a parceria com a Ufba começou há cerca de três anos e que agora os projetos vão se tornar realidade.
O empresário Michael Wenk, do parque tecnológico da cidade de Kaiserslautern, também gostou do que viu, e ficou particularmente impressionado com os incentivos propostos pelo governo baiano para as empresas que vão se instalar no parque como a redução do Imposto Sobre Serviços (ISS) de 5% para 2%. Segundo ele, o governo alemão dá algum suporte para as empresas que se instalam no parque tecnológico, mas apenas de 15% a 20% do valor investido e sem desconto de imposto.
Antes da visita, os empresários, liderados pelo prefeito da cidade de Kaiserslautern, Klaus Weichel, participaram de um evento na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), na Avenida Tancredo Neves, onde o secretário Paulo Câmera fez uma apresentação do Parque Tecnológico da Bahia, contextualizando o empreendimento.
Ele destacou que em geral os parques tecnológicos são atrelados a uma universidade. “A Bahia mudou esse conceito, envolvendo todas as universidades públicas na execução de pesquisas aplicadas, as quais os produtos tragam benefícios para a população”.
Recursos assegurados
O secretário afirmou ainda que o parque será inaugurado com pelo menos 21 instituições, entre empresas e centros de pesquisa, e a segunda etapa do empreendimento já tem recursos assegurados de mais de R$ 59 milhões, para a implantação de um complexo de equipamentos dinamizadores, além das bolsas do Proparq, que vão pagar entre R$ 3 mil e R$ 14 mil para pesquisadores os projetos e estudos na Bahia.
Em seguida, o prefeito de Kaiserslautern falou da cidade e infraestrutura do parque alemão, mostrando fotos do empreendimento. Ele disse, por exemplo, que existe uma rede de trens de alta velocidade ligando a cidade alemã a Paris e Londres, além de estradas que dão acesso a toda a Europa. Essa facilidade de acesso é, segundo ele, fundamental para o sucesso do parque local.
Depois foi a vez do diretor do Centro de Projetos Fraunhofer-Ufba, Manoel Mendonça, apresentar a parceria entre a universidade e o instituto alemão, acentuando que a unidade vai começar com 12 doutores da Bahia e cinco alemães desenvolvendo pesquisas em conjunto.
Instituto Fraunhofer
Organização com 18 mil cientistas distribuídos em 60 centros de pesquisa e uma das mais bem-sucedidas do mundo na transferência de tecnologia entre universidades e empresas.
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