A pressão começou com uma entrevista do correligionário Félix Mendonça Jr., deputado federal pela sigla, que, na rádio Tudo FM, defendeu que Nilo assuma sua postura como candidato, independente do apoio de Wagner. “Eu fico preocupado quando ele fala que só será candidato com o apoio do governador. Gostaria que dissesse ‘sou candidato para o que der e vier’. Teríamos segurança partidária”, afirmou Félix Jr.
O parlamentar que, em entrevista à Tribuna já havia frisado a independência do PDT com relação aos direcionamentos dados pelo PT no plano estadual, apenas reforçou os interesses dos pedetistas, segundo o presidente estadual da sigla, Alexandre Brust. “Eu concordo com a fala. Marcelo Nilo deveria ser candidato para o que der e vier, como o deputado Félix colocou”, coadunou Brust.
O dirigente entende que, apesar das ressalvas feitas por Nilo ao afirmar que só será candidato com o suporte do governador, a postura é de cunho particular e não reflete a opinião do partido. “Marcelo Nilo é o candidato do PDT. Essa posição de ser candidato apenas com apoio do governador é uma posição pessoal, mas o PDT coloca a candidatura dele como do partido. Só deixará de ser do partido se ele renunciar à candidatura”, apontou o pedetista.
Empenhada em garantir mais espaço ao pré-candidato, a legenda não esconde a estratégia em torná-lo cada vez mais conhecido no plano estadual. “As inserções do partido estão sendo inteiramente disponibilizadas para que ele (Nilo) fique mais conhecido na Bahia. Os deputados cederam espaço para isso”, completou Brust.
No mesmo tom de Félix Jr., o presidente regional da sigla mostrou-se favorável a uma postura mais independente de Nilo com relação ao governador do estado. “Eu entendo a posição dele, mas é preciso ser mais independente”, defendeu.
Nilo, entretanto, minimizou a postura dos companheiros de partido. Para ele, o momento agora é de procurar a viabilidade entre os candidatos que compõem a base de Wagner. “Agradeço a postura do deputado Félix Jr. e estou me viabilizando como candidato. Eu sou candidato e na hora que sentar com os partidos da base, vai ser candidato quem mais se viabilizar. Para o PT ter o candidato, ele precisa ter viabilidade maior que a nossa, e eu me considero o mais viável nesse momento”, indicou.
Tribuna da Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário