Louis Ptacek, professor de neurologia da universidade, um dos principais autores da pesquisa, disse que este é o primeiro gene descoberto no qual uma mutação está relacionada à forma mais comum de enxaqueca. "Isso lança a primeira luz sobre uma doença que ainda não entendemos. Mas só um número muito pequeno de pacientes com enxaqueca tem esse gene mutante", acrescentou.
Segundo especialistas, a enxaqueca afeta de 10% a 20% da população e causa perdas de produtividade. Os sintomas da doença são forte dor de cabeça e hipersensibilidade ao som, ao tato e à luz.
Os resultados da pesquisa estarão na revista norte-americana Science Translational Medicine. Os pesquisadores fizeram um estudo genético com duas famílias em que a enxaqueca é comum. Eles descobriram que a maioria das pessoas que têm o distúrbio é portadora do gene mutante ou filha de pais que tinham esse gene.
No laboratório, os autores do estudo descobriram que a mutação do gene CKIdelta afetava a produção de uma proteína chamada quinase CK2, que desempenha importante papel em muitas funções vitais no cérebro e no resto do corpo. "Isso indica que a mutação genética tem consequências bioquímicas reais", disse Ptacek.
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
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