“A denúncia é clara ao detalhar o modo de operar da quadrilha, chefiada por Paulo Octávio e por José Roberto Arruda, que juntos, definiram a estratégia de dominação da máquina administrativa e seu uso para fins criminosos”, diz o parecer de Raquel Dodge. O delator do esquema, Durval Barbosa, seria apenas o operador financeiro do esquema, atuando sob ordens de Arruda.
“A mando de Arruda, ele [Barbosa] solicitava e arrecadava entre 7% e 10% do total líquido pago pelo GDF [Governo do Distrito Federal] às empresas envolvidas no esquema. Desse valor solicitado, 40% era destinado a Arruda, 30% a Paulo Octávio, 20% ao secretário da Pasta que reconheceu a dívida (ou a que se vinculava a prestação de serviços) e cerca de 10% ficava à disposição de Arruda, para a corrupção de parlamentares, representantes de partidos políticos ou outra finalidade de interesse do grupo”, diz o documento.
Há, no entanto, um vácuo na denúncia. Todos os vídeos gravados por Durval, embora divulgados no governo de Arruda, ocorreram no período em que Joaquim Roriz era governador do Distrito Federal – e ele não é apontado como um dos chefes do esquema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário