O ex-prefeito de Sento Sé, Juvenilson Passos do Santos (PT), foi multado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), na sessão desta última quarta-feira (23), devido à irregularidade na prestação dos recursos repassados a entidades civis, durante o exercício financeiro de 2007.
Na sessão, conselheiro relator, Paolo Marconi, determinou que o ex-prefeito devolvesse ao erário o valor de R$6.200 reais, além de aplicar multa de R$ 1 mil, em relação às irregularidades comprovadas no repasse à Escola Núcleo São Francisco, bem como o ressarcimento de R$3 mil e outra sanção de R$1 mil, devido às falhas identificadas nos recursos transferidos para a Escola Núcleo Vereador Luís Antônio dos Reis.
Sobre o assunto, Juvenilson esclareceu a determinação do Tribunal e garantiu que o repasse foi regular. “O conselheiro relator, Paolo Marconi, não aceitou a cópia do comprovante de repasse e solicitou a original, não sei se vamos conseguir a original por conta que está na prefeitura municipal, não sabemos se o prefeito atual vai autorizar que a gente procure os comprovantes. Estou tranqüilo porque quando eu era gestor tinha contratos com empresas sérias e que até hoje nos acompanham”.
Diante da situação, Juvenilson falou que entrará com recurso. “Eles aprovaram com ressalva, dando a multa de R$ 1 mil e vamos entrar com recurso. Tínhamos várias escolas que eram efetuados repasses como estes e apenas as de Quixaba e Piri foram notificadas. Que nos conhece sabe da nossa conduta moral e se temos ficha suja é por conta do Tribunal de Contas e TCU, obras até mesmo que foram executadas, mas a forma de prestar conta precisa do comprovante original”.
Para Juvenilson, a culpa também é do gestor de não acompanhar os processos 100% como deveria. “O gestor não tem tempo de ficar analisando cada processo, justamente por isso que contrata uma equipe para fiscalizar os processos. Se a equipe for de responsabilidade e que gostem realmente do gestor, eles vão fazer tudo de forma coesa, caso contrário vão prejudicar de todas as formas e aqui na região existe muito disso. Quando tudo passa, só quem é penalizado é o gestor. Pagamos por isso e muitas das vezes somos tachados por serem políticos de fichas sujas”, acrescentou.
Por outro lado, ele esclareceu sobre a aprovação da suas contas quando era gestor no ano de 2008. “Em 2008 minhas contas foram aprovadas pela Câmara de Vereadores por 8 x 1. Existem hoje dentro do próprio tribunal de contas, seja da União, Estado ou Município, muitos prefeitos honestos com a ficha suja ou rejeitadas, como também, muitos prefeitos corruptos com as contas arredondadas, o que diferencia é a sua equipe técnica e deixa a conta redonda para que o tribunal aprove”.
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