Há exatos trinta dias da grande tragédia que se abateu sobre a comunidade de Sento-Sé, cujo naufrágio na travessia no Lago de Sobradinho vitimou cinco pessoas, um familiar de uma das três vítimas ainda submersas nas águas do rio São Francisco, Claudiomario Bispo dos Santos (Cadi), usou o espaço da tribuna livre na da Câmara de Vereadores de Sento-Sé nesta quinta-feira, dia 29, para protestar contra a lentidão e a falta de estrutura da Marinha do Brasil, que até agora não concluiu o inquérito que aponte as causas do acidente, nem se quer conseguiu reflutuar a embarcação para resgatar os corpos de Gilberto Bispo dos Santos, 70 anos; Eliena Pereira de Almeida, 42 e Josimar Rodrigues Militão, 37. Cadi pediu o apoio dos poderes constituídos de Sento-Sé, no sentido de que não deixem esse caso fique sem solução.
"É uma vergonha, um país que não consegue resgatar corpos humanos a uma profundidade de 12 metros. Que país é esse? Que tecnologia é essa da Marinha", desabafou. "Movemos uma ação na Justiça Federal e essa é a nossa única esperança. Mais forte do que a dor da perda é a angustia que estamos vivendo", concluiu.
Ascom Câmara de Sento-Sé
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