Pesquisadores de nove unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), além de gestores do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e profissionais de empresas que prestam assistência a agricultores atendidos pelo Plano ‘Brasil Sem Miséria’ participaram em Petrolina, na última semana, de um treinamento com vistas a incorporar tecnologias de captação de água das cisternas ao sistema de produção das famílias do campo.
A ideia é levar esses agricultores a produzir alimentos e plantas forrageiras, mesmo nos períodos de forte seca como as de agora.
O coordenador de Acesso à Água do MDS, Igor Arsky, explica que se pretende levar ao campo tecnologias sociais de baixo custo e de “comprovada eficiência” nos resultados agrícolas. Atualmente, com base em pesquisas realizadas na Embrapa e experiências promovidas por organizações da sociedade civil, o MDS apoia a implantação de nove delas: cisterna de placas de 52 mil litros (calçadão e de enxurrada), barragem subterrânea, barreiro-trincheira, sistema de barraginhas, tanque de pedra, bomba d’água popular, barreiro lonado, pequenas barragens/microaçudes e limpeza de aguadas.
“Se ampliarmos o acesso à água, favoreceremos o fomento e a estruturação produtiva da propriedade. Se aliarmos isso a capacitações para a gestão da água daremos um passo importante para melhorar a produção de alimentos e a renda de famílias que hoje ainda se encontram muito vulneráveis socialmente”, explicou.
O projeto elaborado no treinamento realizado na sede da Embrapa Semiárido integra vários aspectos. Ao invés de agir com base na oferta de tecnologias, os pesquisadores e representantes das empresas contratadas para prestar assistência técnica estabeleceram, em conjunto com os agricultores, as demandas do território.
Assim, alguns temas comuns a todos – criação de galinhas caipiras, manivas e sementes de mandioca e armazenamento de água de chuva para produção de alimentos – deixaram de ter abordagens a território específico e passaram a ser estruturados em todos eles.
Multiplicadores
Além disso, aos mecanismos tradicionais de transferência de tecnologia, os projetos terão suas principais atividades desenvolvidas em torno das chamadas ‘Unidades de Aprendizagens’. Essa dinâmica envolve as famílias de agricultores na experimentação, adaptação e apropriação de conhecimentos e de tecnologias em processos de qualificação e formação de multiplicadores.
As informações são da assessoria da Embrapa
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