segunda-feira, 29 de julho de 2013

BAHIA MANTÉM ÍNDICE VACINAL CONTRA A FEBRE AFTOSA ACIMA DE 90%

Com 91,15% do rebanho vacinado contra a febre aftosa, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Pecuária, encerra a primeira etapa de vacinação de 2013 comemorando o alto índice vacinal, acima dos 90% exigidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), mesmo com os problemas ocasionados pela forte seca que atingiu mais de 60% do estado.

Os dados divulgados nesta segunda-feira (29) reforçam a responsabilidade do criador e o compromisso do governo do Estado em desenvolver e fortalecer pecuária, garantindo a sanidade das 11.173.003 cabeças existentes em território baiano, mantendo o status de Livre da Febre Aftosa com Vacinação.

“As atividades de defesa unidas ao processo de modernização da pecuária trazem resultados positivos, favorecendo o sucesso das ações, o alcance das metas e a superação de desafios no combate a seca”, avalia o secretário da Agricultura, Eduardo Salles. Para ele o índice alcançado é um excelente patamar: “é o reflexo do esforço conjunto entre criadores, associações, sindicatos, governo do Estado e Ministério da Agricultura dentro do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa”.

Entre as regiões que obtiveram melhores índices estão as de Itapetinga (97,63%), Teixeira de Freitas (97,34%), Barreiras (96,56%), Irecê (96,47%) e Santa Maria da Vitória (96,35%). O grande destaque nesta etapa de vacinação foi para a Zona de Proteção com índice de cobertura vacinal de 94,59%, composta pelos municípios de Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Mansidão, Buritirama, Remanso, Casa Nova, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes. Estes fazem divisa com Pernambuco e Piauí, estados que ainda não foram reconhecidos pelo Ministério da Agricultura como livre de aftosa com vacinação.

“Estamos cumprindo com o nosso papel de zelar pelo patrimônio pecuário na Bahia, agindo em defesa de toda comunidade rural no estado e garantindo condições mais favoráveis para que o pequeno produtor mantenha seu rebanho livre da aftosa”, salienta o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres. Para isso, a fiscalização do trânsito de animais e da vigilância ativa das propriedades foi intensificada propiciando maior segurança aos serviços oferecidos ao produtor. “E neste quesito, temos que ressaltar a importância do processo de informatização da Adab, que auferiu solidez e segurança total nas informações da base cadastral”, completa Torres, lembrando ainda da eficiência no cruzamento de informações com as Guia de Trânsito Animal (GTA) como fator fundamental para a realização das atividades.

“Os criadores entendem e trabalham com empenho para manter a pecuária como uma atividade viável na Bahia”, afirma o presidente da Federação da Agricultura do estado da Bahia (Faeb), João Martins. “Nesse momento ainda delicado, temos que continuar unindo esforços e compartilhando responsabilidades para não comprometer ainda mais a atividade diante das condições climáticas desfavoráveis”, pondera.

A seca e a Defesa Agropecuária
A Adab contabilizou 572.859 cabeças de gado que morreram devido à forte seca que afetou o estado. Isso representa cerca de 5% do rebanho existente na Bahia. Os intensos trabalhos nessas regiões de conscientização dos produtores por meio da educação sanitária serviram também para mensurar os prejuízos da seca na pecuária baiana. Os maiores números de mortes ocorreram nas regiões de Miguel Calmon (75.190), Ribeira do Pombal (74.433), Juazeiro (70.700), Itaberaba (69.730) e Feira de Santana (62. 399). Todas englobando municípios que ainda estão com baixa precipitação pluviométrica.


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