A convite do curso, a diretora apresentou a realidade do município e o que vem sendo desenvolvido na perspectiva da educação contextualizada. De acordo com Luzanilde, algumas mudanças positivas já podem ser observadas na Rede Municipal de Ensino, que está construindo as diretrizes do setor através de uma parceria da SEDUC, EFEJ, IRPAA e professores do município. “Estamos elaborando essa proposta coletivamente e esperamos que, muito em breve, o trabalho com a contextualização seja inerente ao professor, tanto da zona rural quanto da área urbana”, explicou.
A aluna Lidiane Braga achou interessante a troca de experiências, que promoveu a construção de um paralelo entre o que está sendo discutido na universidade e o que está sendo feito na prática. Na opinião da pós-graduanda, o maior desafio ainda é a mudança de concepção individual dos professores. “Construir políticas públicas e diretrizes gerais é um pouco mais fácil. Agora, fazer com que o educador absorva novos conceitos sobre a educação contextualizada vai bem mais além. Mas, acho que já demos os primeiros passos. Essa pós e a formação dos professores da Rede Municipal são bons exemplos disso”, acredita.
Na avaliação do educador Antônio Carvalho a implantação da EFEJ – que é pioneira no estado e referência no nordeste – é de grande importância para essa mudança de perspectiva, que ele consideraprocessual. “O fato de termos um espaço de formação para os professores que aborda, entre outras temáticas, a Educação Contextualizada é um grande diferencial. Acredito que a Escola de Formação de Educadores de Juazeiro seja esse elo estratégico entre o governo, a Rede Municipal de Ensino e a universidade, que converge para uma educação de melhor qualidade”, ressaltou.
Para Luzanilde Aguiar, além de participar e contribuir com as discussões, ter professores e formadores do município fazendo a pós-graduação é motivo de entusiasmo. “Fico feliz porque é gente nossa se especializando em um segmento que ainda precisa de muitos avanços. Nós da SEDUC e EFEJ acreditamos nessa parceria com a UNEB e demais instituições de ensino e entendemos que é dessa forma que se constrói educação pública”, justificou. Ainda no debate e exposição de painéis desta sexta-feira, outros temas igualmente relevantes como o ensino das culturas afro-brasileiras e indígenas foram abordados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário