O que parecia ser mais um dia comum, foi muito além do esperado, ao menos para a jornalista Fátima Bernardes, que lidera o programa 'Encontro com Fátima Bernardes'. Na manhã desta sexta-feira (23), a apresentadora recebeu alguns convidados especiais em sua atração, assim como faz todos os dias, mas algo saiu do controle nessa edição do programa.
O tema principal em debate? A posse do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF). O assunto foi alvo de comentários da plateia que estava no programa. O cantor Tony Garrido esboçou sua opinião. "Eu adoraria que várias empregadas domésticas pudessem morar na Lagoa, no Jardim Botânico. O que está faltando é que essas empregadas, garis, porteiros, estejam morando no mesmo estilo de prédio que eu, que você Gabriel (O Pensador) ou perto da Suzana (Vieira)", falou o músico.
Já a atriz Suzana Vieira, conhecida por várias polêmicas, foi direta em seu comentário, rebatendo as palavras de Tony. "Não vamos pegar as dores e fazer como se elas (as pessoas negras) fossem vítimas. O Brasil está oferecendo oportunidades para as pessoas melhorarem e se formarem. Porque senão fica uma coisa parecendo que só negro que não tem oportunidade. Esse país não dá oportunidade pra quase nenhum estudante, nem branco nem negro", ressaltou a atriz, que completou: "O maior problema do Brasil é um problema econômico. É um problema de classe social, muito mais que o problema de branco e preto. Não sei se vocês concordam comigo, mas minha opinião é essa".
Quando Tony tentou falar, Suzana o interrompeu. "Você tá muito briguento hoje", disse a atriz sorrindo. Mesmo assim Garrido continuou com seu comentário: "A classe social hoje é assim: só existe preconceito de cor porque isso começou há 400 anos, onde negros não eram vistos como pessoas".
Buscando amenizar ou controlar a situação, Fátima encerrou o bate-boca com seu ponto de vista. "O que nós não discordamos é que a educação é importante pra qualquer um. Falar em discussão racial pra mim já me incomoda, porque somos todos uma raça só. Já estamos no século XXI", concluiu a jornalista.
Correio
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