Ao informar à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que abria seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, foi aplaudido por muitos integrantes da comissão. Ontem (12), parlamentares do PSDB reagiram quando o relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), pediu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) que abrisse seus sigilos telefônicos e de mensagens.
Agnelo ofereceu seus dados pessoais no final de sua explanação inicial. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) elogiou a atitude. "Com isso, Agnelo mostrou que não tem nada a esconder", destacou. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) retrucou: "Não adianta dizer que abre os sigilos sem assinar o termo."
Em seguida, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) encerrou a discussão dando a palavra ao relator para iniciar os questionamentos.
Em seu depoimento na CPMI, Agnelo disse que não houve favorecimento da empresa Delta Construções investigada pela Polícia Federal como parte do suposto esquema criminoso comandado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Ele acusou o grupo liderado por Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) de persegui-lo politicamente para poder ter controle dos serviços de limpeza urbana da capital.
O governador foi convocado, na condição de testemunha, para explicar as condições em que foram firmados contratos do Distrito Federal com a empresa Delta Construções, apontada pela Polícia Federal como uma das empresas que servia à organização criminosa comandada por Cachoeira.
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