Em 2012 o Brasil realizou 23.999 transplantes, maior número da última década última década, quando foram registradas 12.722 cirurgias realizadas.
O resultado confirma o esforço que vem sendo feito, desde 2011, para descentralizar a política e aumentar o volume de transplantes fora do eixo Sul e Sudeste. Além do Norte e Nordeste, os estados que mais se destacaram em aumento percentual foram Bahia (59%), Pará (56%), Pernambuco (55%), Maranhão (44%) e Amazonas (35%).
De acordo com o Ministério da Saúde, a atuação na melhoria da infraestrutura, especialmente a capacitação de equipes para o contato com as famílias dos possíveis doadores, no incentivo financeiro aos hospitais e a sensibilização da população por meio de campanhas anuais de incentivo à doação de órgãos e tecidos, os brasileiros têm demonstrado que a estratégia do ministério é eficiente.
Dados
Em números absolutos, São Paulo se destaca com 8.585 transplantes realizados, sendo a maior parte de córnea (5.541). O segundo estado com volume maior de transplantes é Minas Gerais – 2.179, seguido por Paraná (1.721), Pernambuco (1.678) e Rio Grande Sul (1.673).
O transplante de pulmão teve aumento de 69%, seguido do coração com 43% a mais quando comparado com o ano passado. Também houve aumento na quantidade de doadores de órgãos, que passou de 2.207 (2011) para 2.434, registrando 12,7 doadores por milhão de população (PMP).
De acordo com dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde, a cirurgia de córnea atingiu 15.225 cirurgias em 2012, contra 14.838 no mesmo período de 2011. No ano passado, alguns estados já eliminaram a lista de espera para o transplante de córnea nos estados de Ceará, Pernambuco, Acre, Mato Grosso do Sul, Paraná, Espirito Santo, Distrito Federal e São Paulo.
Ações
Em 2012, o ministro Alexandre Padilha assinou uma portaria que institui a atividade de tutoria em doação de órgãos e transplantes no País. Essa é uma forma do Ministério da Saúde estimular centros de excelência a capacitar serviços que queiram melhorar ou iniciar a realização desse tipo de cirurgia. O objetivo dessa ação é investir na capacitação e fortalecimento da rede brasileira de transplantes.
Um dos critérios para a habilitação de centros de excelência é fazer parte da rede pública ou ser entidade sem fins lucrativos que atenda de forma complementar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Outros critérios são: ter experiência de dois anos ou mais na área; realizar, no mínimo, três tipos de transplantes (sendo dois de órgãos sólidos e/ou um de tecido) ou, ainda, transplante de medula óssea alogênico não aparentado; desenvolver estudos e pesquisas na área, entre outros.
Investimentos
Para estimular a realização de mais transplantes no SUS, o Ministério da Saúde criou novos incentivos financeiros para hospitais que realizam cirurgias na rede pública. Com as novas regras, os hospitais que fazem quatro ou mais tipos de transplantes passaram a receber um incentivo de até 60%. Para os hospitais que fazem três tipos de transplantes, o recurso será de 50% a mais do que é pago atualmente. E nos locais onde são feitos um ou dois tipos de transplantes será pago 30% e 40% acima do valor, respectivamente. O investimento destinado para essa medida foi de R$ 217 milhões.
Fonte: Ministério da Saúde
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